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Oposicionista Alexei Navalny (em meio aos microfones) dá entrevista coletiva em Moscou, na Rússia | Reuters/Sergei Karpukhin
Oposicionista Alexei Navalny (em meio aos microfones) dá entrevista coletiva em Moscou, na Rússia| Foto: Reuters/Sergei Karpukhin

O líder de oposição russo Alexei Navalny convocou seus apoiadores para se reunirem nesta segunda-feira (9) em protesto contra os resultados das eleições de Moscou, que ele afirma terem sido fraudadas em favor do Kremlin.

Os resultados da eleição de domingo (8) para prefeito mostraram que o aliado do Kremlin, Sergei Sobyanin, superou por pouco a marca de 50% necessária para vencer em primeiro turno. Navalny desafiou o resultado e exigiu um desempate.

Estimulado por um desempenho inesperadamente forte de 27%, que o colocou em segundo lugar, Navalny aumentou a perspectiva de um novo embate sobre uma eleição na Rússia, 19 meses depois de alegações de fraude na eleição parlamentar inspirarem os maiores protestos contra Putin desde que ele chegou ao poder em 2000.

"Apelamos a todos os cidadãos honestos que se preocupam com o destino da cidade para vir hoje para o comício oficialmente autorizado na Praça Bolotnaya para apoiar nossas exigências e aguardar o resultado das negociações", disse Navalny, 37, em comunicado.

Ele pediu para conversar com as autoridades da cidade sobre as alegações de fraude que, segundo ele são apoiadas por observadores eleitorais, cuja contagem não oficial colocam Sobyanin, prefeito nomeado pelo Kremlin em 2010, com pouco menos de 50%.

"Ontem, nós descobrimos que podemos vencer. Agora temos que entender se podemos defender a nossa vitória", disse ele. "Conseguimos chegar ao segundo turno, mas novamente o tiraram de nós."

A praça Bolotnaya foi cenário do último grande protesto contra Putin em 6 de maio de 2012, às vésperas de sua posse para um terceiro mandato como presidente. A polícia dispersou os manifestantes após confrontos e prendeu mais de 400 pessoas.

Os líderes de oposição consideram o protesto de 2012 como o início de uma repressão aos dissidentes para reprimir o dissenso ao poder de Putin, e consideram os protestos desta segunda-feira como uma oportunidade de reavivar as manifestações.

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