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Os desempregados passam de 950 mil em Portugal, palco frequente de protestos | Hugo Correia/Reuters
Os desempregados passam de 950 mil em Portugal, palco frequente de protestos| Foto: Hugo Correia/Reuters

208 milhões

...de pessoas deverão estar desempregadas ao redor do mundo em 2015, se as taxas de desemprego continuarem a crescer no mesmo ritmo dos últimos anos.

14 das 26

...economias desenvolvidas avaliadas pela OIT apresentaram um aumento no número de pessoas pobres. Entre elas, estão países como França, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos.

Como consequência da crise financeira, os países desenvolvidos, principalmente os que integram a União Europeia (UE), estão sofrendo com um aumento da instabiliade social. É o que aponta o relatório "Mundo do Trabalho", divulgado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

De acordo com o órgão, a agitação social, marcada por paralisações, protestos e manifestações de rua, havia aumentado na maioria dos países desde 2008, ano em que a crise começou. O maior risco, no entanto, "é maior entre os 27 países da EU, que aumentou de 34% em 2006-2007 para 46% em 2011-2012". Desses, os mais vulneráveis foram Chipre, República Tcheca, Grécia, Itália, Portugal (foto), Eslovênia e Espanha.

Outros números negativos chamaram a atenção. A quantidade de pessoas pobres cresceu entre 2010 e 2011 em 14 das 26 economias desenvolvidas analisadas, incluindo França, Espanha, Dinamarca e Estados Unidos.

A taxa de desemprego mostra que o mercado de trabalho ainda está longe de retornar a níveis pré-crise. O relatório estima que, em 2015, o número de pessoas desempregadas em 2015 chegue a 207,8 milhões – superando o índice atual, de 200 milhões.

Com a conjugação dos problemas, os países desenvolvidos estão vivendo uma diminuição da classe média. Na Espanha, por exemplo, o grupo passou a representar 46% da população em 2010, quatro pontos abaixo do que representava em 2007.

América Latina

Os riscos e problemas não são uniformemente distribuídos pelo mundo. Diferentemente dos países de economia desenvolvida, os latino-americanos apresentaram melhora no ano passado. Em 2012, 57,1% da população dos países da região estava empregada, um ponto porcentual a mais que em 2007, último levantamento desenvolvido antes da crise financeira internacional.

Com o aumento do trabalho assalariado, cresceu também a classe média por aqui. Na comparação entre 1999 e 2010, a população dentro do grupo social cresceu 15,6% no Brasil e 14,6% no Equador.

A OIT destaca, entretanto, que a América Latina ainda enfrenta desafios e entraves econômicos. Entre eles, estão a desigualdade social, maior que a média internacional, e o emprego informal.

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