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Teerã (EFE/Folhapress) – O diretor do Conselho de Segurança Nacional do Irã, Ali Larijani, declarou ontem que seu país retomará atividades nucleares interrompidas e barrará o acesso dos inspetores das Nações Unidas (ONU) a suas instalações atômicas caso seu programa nuclear vá a julgamento no Conselho de Segurança, como querem os integrantes da instituição – EUA, Reino Unido, França, China e Rússia – e a Alemanha. Apesar da ameaça, o país entregou ontem à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) um relatório sobre a fabricação de componentes de armas nucleares. Larijani não especificou se retomaria o enriquecimento de urânio em larga escala, suspenso há dois anos. Em janeiro, a produção do combustível foi retomada experimentalmente.

Larijani afirmou ainda que não se sentiria mais obrigado a respeitar os procedimentos de um dos protocolos fundamentais do Tratado de Não-Proliferação (TNP) de armas nucleares. Pelo documento, os inspetores da AIEA podem monitorar instalações e equipamentos com um aviso prévio de apenas duas horas. Os inspetores também podem vistoriar instalações militares que o governo iraniano afirma não terem vínculos com o programa nuclear.

O Irã alertou que o envio do caso nuclear iraniano ao Conselho de Segurança da ONU marcaria "o fim da diplomacia" e pediu que os países europeus continuassem com o diálogo para encontrar uma saída negociada para a crise. O país, segundo maior exportador da Opep, disse que, por enquanto, não tem planos de cortar sua produção petrolífera, apesar da crescente tensão internacional. Larijani, disse que seu país quer continuar com a via diplomática, e acha que a porta do dialogo ainda está aberta, e que os europeus "não devem se apressar" a levá-lo à ONU.

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