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São Paulo – O Irã, que enfrenta desde ontem forte avaliação do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas sobre seu programa nuclear, ameaçou atacar Israel em represália a qualquer "ação diabólica" dos Estados Unidos contra seu território.

O governo iraniano também anunciou o fortalecimento de seu processo de enriquecimento de urânio, que teria alcançado 4,8%. O enriquecimento de urânio gera combustível para usinas nucleares (energia) e também pode ser usado para criar bombas atômicas.

Em resposta, Shimon Peres, um dos principais nomes do setor moderado da política israelense, pediu ao Irã que descarte seu programa nuclear, alegando que Israel tem capacidade para se defender sozinho, caso isso seja necessário.

Peres mandou seu recado ao Irã durante a cerimônia anual que comemora a Independência de Israel. "Nós pedimos ao Irã que abandone suas ambições nucleares. Lembramos que Israel é excepcionalmente forte e sabe como se defender", disse.

A ameaça do Ir㠖 que em outras ocasiões já pregou a "destruição de Israel" e questionou o Holocausto – ocorreu pouco antes de representantes dos países do CS da Organização das Nações Unidas (ONU) com poder de veto [França, China, EUA, Rússia e Reino Unido] e Alemanha se reunirem para dar início a conversas que podem levar a sanções contra o Irã devido a seu programa nuclear.

A relação do Irã com países do Ocidente, sobretudo Estados Unidos, está cada vez mais tensa. O governo norte-americano se diz convencido de que o governo iraniano, chefiado pelo conservador Mahmoud Ahmadinejad, pretende construir armas nucleares. O Irã nega, alegando que seu programa tem fins pacíficos.

"Sucesso"

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Gholamreza Aghazadeh, disse ontem que seu país potencializou seu processo nuclear anunciando o enriquecimento de urânio em até 4,8%. "Enriquecimento acima de 5% não está em nossos planos. O que conseguimos (4,8%) é suficiente para o uso civil da energia atômica", disse Aghazadeh a estudantes, segundo informações da agência de notícias iraniana Isna.

Enriquecer urânio até 5% permite apenas produzir combustível nuclear para uso civil, enquanto seu uso militar implica em um enriquecimento de 80%.

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