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O vice-ministro das Relações Exteriores iraniana qualificou este domingo (8) de "farsa" a ideia de forçar o presidente sírio Bashar al Assad a renunciar ou se exilar e alertou contra um eventual ataque na Síria que considerou "estúpido e catastrófico".

"O Irã aprova os planos de reforma de Assad e as negociações que têm por objetivo forçá-lo ao exílio são uma farsa", declarou Hossein Amir Abdollahian em Amã, que convidou o rei Abdulah II da Jordânia para a cúpula do Movimento de Países de Não-Alinhados.

"Uma intervenção militar na Síria não é provável e se chegar a ocorrer seria estúpida. A Síria pode se defender sozinha, sem ajuda do Irã. Toda solução não política seria catastrófica para a região", afirmou.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu uma transição política para evitar "um ataque catastrófico" ao país.

"O Irã poderia ser parte da solução para o problema sírio. Fez sugestões ao (emissário internacional) Kofi Annan", declarou Abdollahian.

Annan chegou este domingo a Damasco e pretende se reunir com o presidente sírio. No sábado reconheceu que, no momento, seu plano para por fim ao conflito que começou em março de 2011 fracassou.

"Acredito que as reuniões sobre a Síria que são organizadas em outros países têm como finalidade garantir a continuação da crise na Síria. Os sírios devem escolher por si mesmos seu próprio destino", acrescentou Abdollahian.

"O Irã apoia com todos os seus esforços a busca de uma solução para a crise e contribui para a aplicação do plano de reformas de Assad", acrescentou.

O Irã é o principal aliado da Síria na região e fornece ao país ajuda humanitária e financeira.

Desde o começo da revolta contra o regime sírio em março de 2011, a violência causou mais de 17.000 mortos na Síria, dos quais quase dois terços são civis não combatentes, segundo último balanço do Observatório Sírio de Direitos Humanos.

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