Um cessar-fogo imediato, recuo do governo de Israel e reabertura de todos os acessos para ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Essas são as principais reivindicações apresentadas hoje (9) pelo enviado especial do presidente do Irã ao Brasil, o ministro dos Assuntos Cooperativos, Mohammad Abbasi, em uma carta entregue Presidência da República.
Além disso, o governo iraniano também defende que o Estado de Israel seja levado a julgamento pelas cortes internacionais por crimes de guerra e violação dos direitos humanos do povo palestino.
Na mensagem enviada a diversos chefes de Estado, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirma que o holocausto real acontece nesta sexta-feira, em Gaza e na Palestina.
Durante coletiva na tarde desta sexta (9), na embaixada do Irã, o ministro Mohammad Abbasi ressaltou que a ação de Israel na Palestina é uma violação dos palestinos, representados pelo movimento Hamas. Questionado se o governo iraniano apóia o grupo islâmico da palestina, Abbasi respondeu que não há como o Irã ou grupos como o Hezbollah, do Líbano, terem posição diferente.
Será que nós podíamos dizer que nós apoiamos violações? Então desse ponto de vista quer dizer que nós apoiamos o Hamas, ou qualquer outro povo que passe por violação [de direitos humanos e/ou soberania], disse o ministro iraniano.
Abbasi afirmou, ainda, que o Irã não espera soluções dos líderes dos Estados Unidos para o conflito. Isso porque, de acordo com ele, até hoje o governo norte-americano sempre agiu da mesma forma, apoiando Israel.
Do Brasil, Mohammad Abbasi segue para o Equador e, em seguida, para a Bolívia, levando a mensagem do presidente do Irã, Ahmadinejad. O governo iraniano também mandou enviados especiais para outros países, como a Venezuela e Cuba.