O Irã acredita que um acordo para a troca de combustível nuclear com o Ocidente ainda é possível, disse a televisão estatal nesta quarta-feira, um dia depois de um anúncio da República Islâmica de expansão de seu enriquecimento de urânio provocar um alerta dos Estados Unidos de que novas sanções serão impostas em breve.

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"O acordo ainda está na mesa", disse Ali Akbar Salehi, chefe da Organização Iraniana de Energia Atômica, disse à emissora Press TV, em língua inglesa.

Mas ele pareceu reiterar uma exigência iraniana de uma troca simultânea de combustível em seu território, o que potências ocidentais não aceitam. Elas querem que Teerã primeiro envie a maioria de seu urânio de baixo enriquecimento ao exterior para depois receber material altamente enriquecido em troca.

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Salehi disse que o urânio iraniano pode ser lacrado e colocado sob custódia da Agência Internacional de Energia Atômica, órgão ligado à Organização das Nações Unidas, no país até que a República Islâmica receba o combustível que precisa para um reator de pesquisas médicas.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse na terça-feira que a comunidade internacional está se movendo "bastante rapidamente" na direção de impor sanções mais amplas contra o Irã, após Teerã anunciar que iniciou a produção de urânio enriquecido em 20 por cento.

Obama disse que a recusa iraniana em aceitar um acordo de troca de combustível mediado pela ONU indicava a intenção do país de construir armas nucleares, apesar da insistência da República Islâmica de que suas atividades atômicas visam somente a geração pacífica de eletricidade.