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O procurador-geral do Irã, Gholam-Hossein Mohseni-Ejei disse que os dois alemães presos no país quando tentavam entrevistar o filho de uma mulher condenada à morte por apedrejamento admitiram ter infringido as leis, informou a mídia estatal nesta sexta-feira.

A Alemanha informou que está procurando obter a libertação dos dois repórteres, detidos na segunda-feira depois de se encontrar com o filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, cuja condenação à morte no mês passado, acusada de adultério, provocou indignação mundial.

De acordo com a Sharia, a lei islâmica, o adultério é punido com apedrejamento.

Ashtiani também é acusada de cumplicidade no assassinato de seu marido, crime pelo qual poderá ser condenada à morte por enforcamento.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, nega que Ashtiani tenha sido sentenciada a apedrejamento e diz que mídia estrangeira distorceu os fatos para desacreditar o Irã.

A prisão dos alemães põe em risco as relações do Irã num momento em que a União Europeia tenta trazer o país de volta às conversações sobre seu programa nuclear. No Ocidente há o temor de que o objetivo seja a produção de uma bomba atômica.

O Irã diz que os alemães entraram no país com visto de turistas e não tinham nenhum direito de atuar como repórteres.

Segundo a imprensa alemã, os dois estavam trabalhando para o jornal semanal Bild am Sonntag, mas o editor do jornal, Axel Springer, não fez comentários.

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