O Irã saudou os primeiros resultados do referendo realizado no Egito, os quais mostraram a aprovação de uma Constituição islâmica, afirmou a agência de notícias dos estudantes iranianos (Isna). O movimento Irmandade Muçulmana, que levou ao poder o atual presidente egípcio, Mohamed Mursi, na eleição de junho, informou que uma contagem não oficial indicou que 64 por cento dos eleitores apoiaram a Carta, no referendo realizado em duas etapas e concluído no sábado passado.

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Segundo a Isna, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, felicitou os egípcios pela aprovação da Constituição, acrescentando que o governo iraniano considerou o resultado "um passo decisivo para a democracia" no Egito.

As relações diplomáticas entre o Irã e o Egito foram rompidas após a Revolução Islâmica, em 1979, por causa do apoio do governo egípcio ao Xá, deposto pelos revolucionários, e por seu acordo de paz com Israel, arqui-inimigo do Irã.

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Desde a queda do presidente egípcio Hosni Mubarak há sinais de reaproximação. Em agosto, Mursi fez a primeira visita a Teerã de um líder egípcio em mais de 30 anos. No entanto, oficialmente os dois países ainda não melhoraram suas relações.

"A participação das pessoas (no referendo) será um grande apoio ao governo egípcio para que, no futuro, possa tomar mais medidas para atingir os grandes objetivos islâmicos e revolucionários do povo egípcio", acrescentou Mehmanparast.

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