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Rahmanipour em sua defesa: tentativa de mudar o “establishment islâmico” | Ali Rafie/AFP
Rahmanipour em sua defesa: tentativa de mudar o “establishment islâmico”| Foto: Ali Rafie/AFP

Amizade

Lula visitará país em maio

No mesmo dia em que o Irã executou dois oposicionistas, o chanceler Celso Amorim reuniu-se durante uma hora com o ministro iraniano de Relações Exteriores, Manucher Mottaki, num hotel de Davos, na Suíça. Discutiram a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã, prevista para maio, a complementação dos acordos de cooperação assinados durante a visita do presidente Mahmoud Ahmadinejad a Brasília e a política nuclear. Foram examinadas "novas ideias sobre envio de urânio para enriquecimento".

O Irã enforcou ontem dois ho­­mens, condenados por tentar derrubar o regime clerical do país, segundo o site da televisão estatal. Foram as primeiras execuções conhecidas de ativistas da oposição desde o início dos protestos, após contestadas eleições presidenciais em junho.

O relato da imprensa estatal identificou os dois homens como Mohammad Reza Ali Zamani e Arash Rahmanipour e afirmou que eles foram condenados por tentar derrubar o "establishment islâmico" e fazer parte de grupos armados da oposição.

O Irã já julgou mais de 100 ativistas e figuras políticas desde agosto. Segundo dados oficiais anteriormente divulgados, cinco ativistas foram condenados à pe­­na de morte e mais de 80 a penas variando entre seis meses e 15 anos.

A tevê estatal falou hoje em nove sentenças de morte relacionadas aos violentos confrontos de 27 de dezembro. Pelo menos oito pessoas morreram nesse dia, em confrontos entre a polícia e manifestantes nas ruas. Foi o pior caso de violência desde que autoridades lançaram uma ofensiva contra a oposição, após as eleições presidenciais.

Acredita-se que Zamani e Rah­­manipour estavam entre os cinco sentenciados à morte em outubro. Eles foram enforcados após uma corte de apelações manter as penas.

A oposição afirma que o presidente Mahmoud Ahmadinejad venceu as eleições presidenciais de junho por meio de fraudes. Cen­­tenas de milhares de pessoas saíram às ruas do país desde en­­tão, em várias ocasiões, para apoiar o principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.

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