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LONDRES - Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) resolveram levar o programa nuclear do Irã para discussão no órgão, medida que pode gerar sanções ao país. Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China e Rússia querem explicações sobre o projeto nuclear. O Irã assegura que sua inteção é apenas gerar energia elétrica, mas o país não convenceu os cinco membros.

Rússia e China eram os mais relutantes em levar o assunto ao Conselho de Segurança. Mas os dois acabaram cedendo pois não receberam nunhuma proposta específica por parte do Irã, que reabriu centrais nucleares lacradas pela ONU. O acordo entre os cinco países é importante pois eles têm poder de veto no Conselho por serem membros permanentes. A Alemanha também participou da decisão, como representante da União Européia.

O primeiro passo será levar o assunto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que tem uma reunião marcada para esta quinta-feira. O organismo da ONU regula programas nucleares.

- (Os ministros) concordaram que a reunião extraordinária desta semana do conselho da AIEA deve informar ao Conselho de Segurança sua decisão sobre os passos necessários para o Irã - afirma um comunicado conjunto dos ministros das Relações Exteriores de China, Rússia, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, além da Alemanha.

A reação do Irã foi dura: o país disse que qualquer ação que leve o assunto ao Conselho de Segurança significará o fim dos esforços diplomáticos para resolver a disputa.

O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Gholamreza Aghazadeh, disse que não há embasamento legal para que a questão do programa nuclear do país seja enviada ao Conselho de Segurança.

- Consideramos qualquer referência ou envio do Irã ao Conselho de Segurança como o fim da diplomacia - disse Ali Larijani, secretário do Conselho Nacional Supremo de Segurança do Irã e principal negociador do Irã sobre o assunto.

Diplomatas russos e chineses visitarão a capital do Irã, Teerã, para persuadir o país a cooperar com a AIEA.

- Espero que representantes do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, junto com colegas chineses, visitem o Teerã para explicar os acordos adotados em Londres e para incitar o Irã a dar respostas precisas às perguntas apresentadas pela AIEA - disse o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

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