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O governo do Irã realizou algumas prisões ligadas ao assassina­­to do cientista nuclear Mostafa Ahmadi-Roshan, ocorrido na se­­mana passada, afirmou ontem o presidente do Parlamento Ali La­­rijani, prometendo que seu país vai vingar a morte com o uso de táticas "não terroristas".

Ele não especificou quantas pessoas foram detidas, quando as prisões foram feitas ou deu qualquer detalhe sobre as identidades ou nacionalidades dos suspeitos. "Nós descobrimos algumas pistas e algumas prisões foram feitas. As investigações continuam", disse Larijani à emissora em língua árabe Al-Alam.

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Várias autoridades iranianas responsabilizaram Israel e os Es­­tados Unidos pelo assassinato, no dia 11, de Ahmadi Roshan, que era vice-diretor da principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã. O motorista do cientista também morreu quando ho­­mens que estavam numa motocicleta fixaram uma bomba com um ímã no carro de Ahmadi Roshan.

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Foi o quinto ataque contra cientistas iranianos nos últimos dois anos. Quatro pesquisadores – três envolvidos no programa nu­­clear iraniano – morreram vítimas dos ataques e um conseguiu escapar.

Comandantes do Exército do Irã disseram que querem "punir" os responsáveis. Mas Larijani afirmou que o Irã não usará o terrorismo para se vingar. "Não vamos hesitar em punir o regime sionista para que ele entenda que tais ações têm respostas claras. Defi­­nitivamente haverá uma resposta, mas nossa ação será de natureza não terrorista", disse ele.

No sábado, o vice-chefe das For­­ças Armadas iranianas, Ma­­soud Jazayeri, disse que o Irã está estudando uma opção para "responsabilizar os Estados Unidos, Israel e o Reino Unido por seu en­­volvi­­mento nos ataques."

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Washington negou qualquer participação nos assassinatos. Israel, considerado o principal suspeito, não negou nem confirmou seu envolvimento, já que não costuma comentar assuntos de inteligência.