A missão do Irã na Organização das Nações Unidas disse na sexta-feira que fez uma reclamação ao Conselho de Segurança por uma aeronave norte-americana não-tripulada que, segundo a República Islâmica, voava sobre o leste do país antes que os militares tomassem uma "ação de força" contra ela. "Tenho a honra de chamar a atenção para as operações provocativas e secretas do governo dos Estados Unidos contra a República Islâmica do Irã, que tem aumentado e se intensificado nos últimos meses", disse o embaixador do Irã na ONU, Mohammad Khazaee, em carta ao Conselho de Segurança. Um avião espião não-tripulado RQ-170 dos Estados Unidos violou o espaço aéreo do Irã, argumentou Khazaee em sua carta enviada ao presidente do Conselho de Segurança, o embaixador russo Vitaly Churkin, com cópia ao secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon. "Meu governo, por isso, pede a condenação de tais atos de agressão e solicita que se adotem medidas claras e efetivas para pôr um fim a estes atos perigosos e ilegais", acrescentou Khazaee na carta enviada na quinta-feira. O diplomata revelou que o avião espião voou 250 quilômetros no interior do território iraniano até a região ao norte da cidade de Tabas, onde enfrentou uma "ação rápida e de força" por parte do Exército local. Diplomatas ocidentais na ONU disseram que é improvável que o Conselho de Segurança, onde os os Estados Unidos têm poder de veto, adote alguma ação a partir da solicitação iraniana. O Ministério das Relações Exteriores do Irã chamou na quinta-feira o embaixador suíço, que representa os interesses dos Estados Unidos no país, para condenar o que afirmou se tratar de uma violação de seu espaço aéreo, informou a televisão estatal iraniana. A missão da Otan liderada pelos Estados Unidos no vizinho Afeganistão disse que a reclamação iraniana poderia corresponder a uma aeronave espiã norte-americana que não possui armas e que havia se extraviado recentemente. A televisão estatal iraniana mostrou fotos da aeronave não-tripulada com uma bandeira norte-americana.

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