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O Irã insistiu neste domingo que não irá suspender seu trabalho atômico, mesmo após as potências mundiais reunirem-se para debater sanções contra o país.

- Acreditamos que a suspensão (do trabalho) é totalmente rejeitada e inaceitável - afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mohammad Ali Hosseini.

As seis principais potências mundiais haviam dito nesta sexta-feira, após reunião em Londres, que estavam profundamente desapontadas com o Irã e iriam realizar consultas a respeito de sanções ao país por causa da sua recusa em suspender o programa de enriquecimento de urânio.

O Irã diz que seu programa está voltado apenas para a geração de eletricidade. O Ocidente suspeita de que o país islâmico queira bombas atômicas, e o Conselho de Segurança havia dado até 31 de agosto para que Teerã suspendesse o desenvolvimento de urânio.

- Estamos profundamente frustrados com (o fato de o chefe da política externa da UE, Javier) Solana ter tido de relatar que o Irã não estava preparado para suspender suas atividades de enriquecimento e reprocessamento - disse a chanceler britânica, Margaret Beckett.

- Vamos agora consultar a respeito de medidas sob o artigo 41, parágrafo 7 da Carta da ONU, qual antevisto naquela resolução - disse ela, referindo-se à declaração aceita por ela e por seus colegas de Estados Unidos, França, Alemanha, Rússia e China na reunião de Londres.

Os EUA sugerem que já é hora de uma resolução do Conselho de Segurança impondo sanções ao Irã, depois de quatro meses de infrutíferas negociações da União Européia com a República Islâmica.

Mas China e Rússia, que têm poder de veto no Conselho, acham "absolutamente inaceitável" ameaçar o Irã com o uso da força e que fazer ultimatos seria contraproducente, segundo o vice-chanceler russo, Alexander Alexeyev.

Em julho, uma resolução da ONU autorizou o Conselho de Segurança a adotar "medidas apropriadas" sob o artigo 41, parágrafo 7, que se refere a sanções diplomáticas e comerciais, mas exclui a força militar.

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