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O Irã decidiu não suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, ao contrário do que exigia a proposta de seis potências mundiais, disseram importantes autoridades nucleares do país a agências de notícia locais.

- Anunciamos nossa opinião a respeito da suspensão e não achamos que seja uma proposta razoável - disse o negociador-chefe da questão nuclear, Ali Larijani, à semi-oficial Agência Mehr.

Larijani se reúne nesta quarta-feira com o chefe de Política Externa da União Européia, Javier Solana, para discutir o pacote.

Autoridades iranianas já haviam declarado que o Irã não suspenderia atividades estratégicas, e os comentários de Larijani e de outros dirigentes indicam que isso não deve mudar.

O chefe de assuntos estratégicos do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Hosseinitash, disse à agência estudantil Isna que "a suspensão definitivamente não está na agenda".

Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse que as autoridades americanas estão aguardando os resultados da reunião de Solana com Larijani.

- O que todos juntos dissemos é: o canal adequado para obter a posição do governo iraniano é por intermédio do encontro entre Ali Larijani e Javier Solana. Os dois devem se encontrar no dia 5, vamos ver o que acontece.

O G-8 (grupo dos oito países industrializados mais ricos do mundo) pediu na semana passada ao Irã "uma resposta clara e substancial" no dia 5. Autoridades iranianas disseram que é preciso mais tempo e prometeram a resposta até 22 de agosto.

- Não pretendemos responder (na reunião de 5 de julho), e as outras partes não esperam uma resposta - disse Hosseinitash.

Para Larijani, "prazos não ajudam a resolver o problema".

Um diplomata ocidental afirmou anteriormente que a República Islâmica dificilmente daria uma reposta firme em 5 de julho, mas que, se a resposta não vier até 12 de julho, quando há uma reunião de ministros das potências mundiais, uma ação do Conselho de Segurança da ONU deve ocorrer.

O Irã já foi advertido pelo conselho por não conseguir comprovar ao mundo que seu programa nuclear é pacífico, como diz Teerã.

Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha ofereceram um pacote de incentivos para que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio, processo que gera combustível para usinas nucleares civis e para armas. Também há penalidades previstas, caso isso não aconteça.

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