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Uma "sinfonia nuclear" será interpretada em Teerã por ocasião do aniversário da revolução islâmica, que será realizada no dia 11 de feveiro, num momento em que o Irã está sob uma crescente pressão da comunidade internacional para suspender suas atividades nucleares.

"A sinfonia nuclear será interpretada por uma orquestra de 100 músicos na praça Azadi", a praça da liberdade, declarou o vice-ministro da Cultura, Mohammad Hossein Imani, citado pelo jornal Tehran Times.

As autoridades iranianas anunciaram que seus cidadãos podiam esperar uma "boa notícia" sobre os progressos do programa nuclear iraniano, que será anunciada no dia 11 de fevereiro, por ocasião das comemorações para o 28º aniversário da revolução de 1979.

Na quarta-feira, o jornal londrino "The Daily Telegraph" publicou uma reportagem dando conta que a Coréia do Norte está compartilhando com o Irã informações sobre como fazer testes subterrâneos de bombas nucleares.

Por outro lado, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, autorizou os soldados americanos no Iraque a matar os membros dos serviços secretos do Irã infiltrados no país, segundo uma matéria publicada na sexta-feira pelo jornal "The Washington Post". Assista no vídeo acima à reportagem do correspondente da TV Globo em Nova York sobre o caso.

A tensão entre o Irã e a Comunidade Internacional vem aumentando desde que o Conselho de Segurança das Nações Unidas infligiu, em dezembro passado, sanções ao Irã, que anunciou em resposta uma aceleração de seu programa nuclear.

Ultraje

O Irã exigiu a destituição do funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) que comanda as inspeções nucleares no país, acusando-o de quebra de confiança. O país também barrou o acesso de todos os inspetores de Estados responsáveis pelas sanções a Teerã, disseram diplomatas na sexta-feira.

Os Estados Unidos qualificaram de "ultrajante" a exigência e afirmaram que o plano de Teerã de acelerar as pesquisas nucleares é um erro.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Sean McCormack, acusou Teerã de sair "comprando inspetores" depois de ter proibido a atuação de 38 deles, todos oriundos de quatro países ocidentais, e de posteriormente exigir também a destituição do belga que chefia a equipe.

"É ultrajante", disse McCormack. "Eles estão novamente tentando ditar aos órgãos internacionais o que esses órgãos podem ou não fazer, na forma de quem vão mandar para inspecioná-los."

"O tom desse tipo de ação é indicativo do seu continuado desafio. Não é isso que a comunidade internacional procura."

Os EUA também se preocupam com os planos do Irã de instalar em breve 3.000 centrífugas na usina de Natanz, ampliando um projeto de experimental de enriquecimento de urânio para uma "escala industrial", na avaliação de diplomatas.

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