Vista aérea do Iraque| Foto: US State Department/

O Iraque anunciou, neste domingo (21), que executou 36 homens que participaram do massacre, feito pelo EI (Estado Islâmico), contra centenas de soldados em 2014.

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Uma autoridade do Ministério da Justiça, que preferiu permanecer anônima, afirmou que as execuções ocorreram na prisão Nasiriyah, no sul do país.

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Em 2014, o Estado Islâmico capturou cerca de 1.700 soldados ao avançar em Tikrit, cidade de Saddam Hussein. O EI postou imagens na internet que mostravam os prisioneiros sendo mortos a tiros por militantes jihadistas.

Autoridades iraquianas detiveram suspeitos do massacre depois de retomar Tikrit, em 2015. Os homens executados foram sentenciados à morte por um tribunal iraquiano neste ano.

Ahmed al-Karim, chefe do conselho da província de Salahuddin (da qual Tikrit é a capital), criticou o processo judicial e afirmou que os suspeitos foram torturados para confessar o crime. “Muitos deles nem estavam no local do massacre”, disse à “Associated Press”. “Nós apoiamos a pena de morte quando ela é aplicada a culpados, mas o uso de violência e tortura em prisões iraquianas precisa ser investigado.”

O primeiro-ministro Haider al-Abadi tentou acelerar a implantação da pena de morte depois de uma série de atentados com bombas ao redor de Bagdá. A ONU (Organização das Nações Unidas) criticou essa atitude, afirmando que “devido à fraqueza do sistema judicial iraquiano, sentenças apressadas podem causar grandes injustiças.”

Segundo a Anistia Internacional, o Iraque figura entre os cinco países que mais aplicam a sentença de morte.

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