Exército iraquiano na ofernsiva para reconquistar Tikrit.| Foto: Thaier Al-Sudani/Reuters

O governo iraquiano informou ontem ter tomado alguns distritos ao redor de Tikrit em sua luta para libertar a cidade natal do ex-ditador Saddam Hussein do controle do Estado Islâmico (EI). Cerca de 30 mil soldados iraquianos iniciaram ontem uma grande operação militar para tomar Tikrit e áreas vizinhas do poder do grupo extremista. O ataque conta com apoio de caças, policiais, uma unidade antiterrorista, voluntários controlados pelo governo e milícias sunitas e xiitas.

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Massacre

O Estado Islâmico matou ontem 34 jovens de uma cidade do oeste do Iraque por suposta colaboração com as tropas iraquianas. As vítimas eras moradoras do vilarejo de Yaba, na cidade de Al Baghdadi, situada na província de Al Anbar. Após os assassinatos, os extremistas fugiram para a cidade de Hit, ao oeste de al-Baghdadi.

A ofensiva é a maior operação realizada pelo governo iraquiano para recuperar um dos principais redutos do Estado Islâmico. Segundo fontes contaram à rede britânica BBC, as forças iraquianas retomaram os distritos de al-Tin e al-Abeid, respectivamente a nordeste e a oeste da cidade. Combates também foram registrados em al-Alam, ao norte de Tikrit, e Qadisiya. Pelo menos cinco soldados e 11 militantes morreram.

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As tropas iraquianas também avançavam pelas estradas próximas para impedir a fuga dos jihadistas. Segundo o Pentágono, o Iraque não pediu apoio à coalizão internacional para o ataque.

Tikrit, cerca de 130 quilômetros ao norte de Bagdá, foi tomada no ano passado pelo Estado Islâmico junto com Mossul, segunda maior cidade do Iraque, e outras áreas no território predominantemente sunitas.

Execuções

O Estado Islâmico divulgou ontem um vídeo com a execução de quatro sunitas em Tikrit. Eles eram acusados de serem espiões.

No domingo, militantes do EI libertaram 19 de seus reféns cristãos assírios, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Pelo menos 220 — algumas fontes falam em até 350 — pessoas haviam sido sequestradas na província de al-Hassakah, no Norte da Síria, no dia 23. Um dia antes, a organização havia informado que 29 seriam soltos.