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Um iraquiano estava em estado crítico nesta quinta-feira após ter levado tiros de um soldado norte-americano que acreditou que o homem tinha jogado uma granada contra seu veículo, mas que testemunhas afirmam ter sido apenas um sapato.

"Os marines que viram o objeto sendo atirado contra seu veículo o identificaram como uma granada", disse a tenente Rachel Beatty, porta-voz dos EUA no oeste iraquiano. Ela disse que o objeto não foi recuperado.

Jassim Mohammed, que testemunhou o evento, disse que viu o homem atirar seu sapato contra a patrulha dos EUA, uma visão rara em Fallujah desde que as forças de combate norte-americanas foram obrigadas por um pacto de segurança bilateral a se retirar de centros urbanos em junho.

"Imediatamente um soldado em um dos veículos apontou sua arma contra o homem e atirou", disse ele.

Atirar sapatos, um insulto no Oriente Médio, se tornou um símbolo da oposição à invasão dos EUA depois que um repórter de tevê iraquiano atirou seu calçado contra o então presidente norte-americano George W. Bush em dezembro passado.

Ahmed Mohammed, médico de um hospital de Fallujah, disse que o homem, um mecânico de 32 anos chamado Ahmed Latif, foi alvejado no peito. Ele foi operado nesta quinta-feira e permanecia em estado crítico.

O policial Ahmed Abdul Razzaq disse que o mecânico vinha sofrendo de problemas psicológicos relacionados aos intensos combates das forças dos EUA em Fallujah desde a invasão de 2003.

Uday Latif, irmão da vítima, disse acreditar que ele atirou uma sandália.

"Ele odeia os militares norte-americanos e fica histérico quando vê as patrulhas. Mas ele não sabe usar uma arma e jamais pensou nem por um segundo em usar uma", disse ele, acrescentando que Latif não tinha problemas psicológicos antes de 2004.

Uday disse ainda que seu irmão foi detido por forças dos EUA por duas semanas em 2007.

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