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A Islândia recebeu uma abordagem informal de um intermediário afirmando que Edward Snowden, o ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) que expôs os programas de vigilância secreta do governo norte-americano, quer buscar asilo no país.

Snowden, ex-funcionário da Booz Allen Hamilton que prestava serviço em uma unidade da NSA no Havaí, provocou manchetes no mundo depois de fornecer detalhes sobre o programa aos jornais Guardian e Washington Post, e então fugiu para Hong Kong.

Em uma coluna no jornal islandês Frettabladid, o porta-voz do WikiLeaks, Kristinn Hrafnsson, escreveu que um homem de meia-idade o procurou em nome de Snowden.

"Em 12 de junho recebi uma mensagem de Edward Snowden, na qual ele pedia que eu notificasse o governo islandês de que ele queria buscar asilo na Islândia", disse à Reuters Hrafnsson, que também é jornalista investigativo na Islândia.

O governo islandês, que se recusou a dizer se iria conceder asilo a Snowden, confirmou ter recebido a mensagem de Hrafnsson.

"Kristinn Hrafnsson contatou dois ministérios de maneira informal, mas não os ministros. Não houve uma abordagem formal sobre essa questão", disse um porta-voz do governo.

Hrafnsson se recusou a identificar à Reuters o intermediário. Snowden tinha mencionado a Islândia como um possível refúgio.

A Islândia tem uma reputação de promover a liberdade na Internet, mas Snowden disse não ter ido para lá diretamente dos Estados Unidos por temer que o país de apenas 320.000 habitantes pudesse ser pressionado por Washington.

"A Islândia poderia ser pressionada de forma mais dura e mais rápida, antes que o público tivesse a oportunidade de mostrar o que sentia, e nunca se sabe com a atual administração norte-americana", disse Snowden em um fórum virtual no Guardian na segunda-feira.

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