Manifestação de palestinos na Cisjordânia, no início de outubro| Foto: EFE/EPA/ABED AL HASHLAMOUN
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O governo de Israel classificou seis grupos da sociedade civil da Palestina como organizações terroristas. Em comunicado, o Ministério da Defesa do país alegou que essas organizações se fazem passar por entidades civis, mas na verdade seriam controladas pela Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), grupo marxista acusado de terrorismo pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

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“Esses grupos constituem uma rede de organizações ativas secretas na frente internacional em nome da FPLP, para apoiar suas atividades e promover seus objetivos”, apontou o comunicado de Israel. O governo israelense acrescentou que os seis grupos angariariam fundos para a FPLP principalmente através de doações da Europa e de organismos internacionais.

Shawan Jabarin, diretor-geral do Al Haq, uma das organizações citadas pelo Ministério da Defesa israelense e que advoga pelos direitos humanos na Cisjordânia, disse à CNN que as acusações de Israel são “absurdas”. “Este é um movimento político e não de segurança. A ocupação não tem limites para sua injustiça e insanidade. Mas nunca nos impedirá de defender nosso povo e expor os crimes da ocupação”, afirmou.

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A missão das Nações Unidas nos territórios palestinos divulgou uma carta em que classificou a declaração de Israel como “uma clara tentativa de intimidar e silenciar as denúncias e a exposição que essas organizações fazem das violações de Israel ao povo palestino”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]