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Fumaça pode ser vista saindo do antigo aeroporto de Rafah em Gaza | Said Khatib / AFP Photo
Fumaça pode ser vista saindo do antigo aeroporto de Rafah em Gaza| Foto: Said Khatib / AFP Photo

A ofensiva israelense na Faixa de Gaza disse que seu objetivo é enfraquecer ao máximo o poderio militar de ação do grupo Hamas.

Para isto, o Exército faz uma operação para dividir em duas partes da Faixa de Gaza e admite que irá tomar áreas no território palestino. Neste domingo (4), áreas comerciais foram alvos de bombardeios israelenses.

A principal ação é fazer com que a cidade de Gaza fique isolada do sul da Faixa de Gaza.

Israel começou a ofensiva militar aérea em 27 de dezembro após ser alvo de mais de uma centena de foguetes lançados por integrantes do Hamas depois do fim do cessar-fogo de seis meses também em dezembro passado. No sábado (3), Israel iniciou o ataque terrestre, caracterizando a tentativa de tomar áreas palestinas.

O jornal israelense "Haaretz", citando reportagens palestinas, diz que o Exército israelense está tentando dividir a Faixa de Gaza e tomar uma linha imaginária ao sul da cidade de Gaza que vai até o mar Mediterrâneo. O site da rede de TV CNN informa que Israel já teria controlado o norte da Faixa de Gaza.

Veja a cobertura completa dos ataques de Israel à Faixa de Gaza

"O objetivo desta operação é destruir a infraestrutura de terror montada pelo Hamas", afirmou a porta-voz do Exército, Avital Leibovitch, em reportagem publicada no "Haaretz". "Estamos indo tomar algumas áreas usadas pelo Hamas", completou.

Por conta da invasão, serviços médicos sofrem com falta de medicamentos nos hospitais e Israel não permitiu que ajuda humanitária entrasse na Faixa de Gaza.

Na ONU, falhou a tentativa de encontrar um cessar-fogo na região do Oriente Médio. Estados Unidos e a Comunidade Européia viram como uma ação defensiva a ação militar israelense. Os europeus, porém, condenaram a ação terrestre.

No Cairo, o governo egípcio, que tenta obter um cessar-fogo com Israel e Hamas, condenou pela primeira vez abertamente a ação israelense. Para o Egito, o ataque terrestre está condenando civis na região.

Guerra de informação

O Exército de Israel anunciou neste domingo (4) que 30 militares ficaram feridos, dois em estado grave, durante o primeiro dia da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza. O governo israelense já admite que haverá baixas na ação militar e até enviou mensagens para as mães dos soldados em serviço na região.

Antes do anúncio oficial israelense, o Hamas havia dito que nove militares israelenses foram mortos em conflitos, mas o Exército negou as mortes.

Na Faixa de Gaza, médicos disseram que o número de mortos palestinos é de 460 desde o início da ofensiva israelense em 27 de dezembro de 2008 e mais 2.350 feridos. O número de mortos após o início do ataque terrestre, que começou no sábado (3), foi de quatro para 19.

O número pode aumentar ainda após ataques dos tanques em uma área comercial na Faixa de Gaza, segundo médicos palestinos.

A cadeia de televisão do Hamas, Al Aksa TV, noticiou neste domingo que militantes palestinos capturaram dois soldados israelenses durante a incursão terrestre. O Exército de Israel não confirma a informação.

O jornal americano "New York Times" diz ainda que quatro israelenses morreram após o início da ofensiva.

Cisjordânia

Um soldado israelense atirou e matou um homem palestino de 22 anos que participava de um protesto contra a ofensiva militar na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia.

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