Israel está cooperando com as autoridades do Quênia na estratégia de negociação com o grupo terrorista que atacou um shopping de Nairóbi mas não está envolvida na operação de resgate dos reféns, afirmaram fontes militares israelenses.

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Israel também está ajudando as forças quenianas no planejamento da ação para render os sequestradores.

Além disso, a ministra da Saúde israelense, Yael German, confirmou neste domingo (22) que recebeu um pedido de ajuda das autoridades quenianas.

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German foi a única autoridade israelense que se pronunciou sobre a cooperação com o Quênia desde que começou o ataque a um centro comercial de Nairóbi.

O vice-embaixador israelense no Quênia, Yaki López, negou-se a explicar ao jornal Yedioth Ahronoth o papel de seu país na operação em Nairóbi. O ataque ao shopping da capital queniana deixou pelo menos 62 mortos, mas o número, segundo a Cruz Vermelha, chega a 69.

"Nos encontramos aqui, comprovamos como se pode ajudar, estamos no terreno. Mas não nos pronunciamos sobre esse tema", afirmou.

López acrescentou que "a ameaça do terrorismo também afeta" Israel e "por isso seguimos de perto estes temas para ver onde podemos nos envolver e ajudar".

Quênia e Israel mantêm uma estreita cooperação em matéria de segurança e inteligência há vários anos.

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Segundo documentos revelados pelo Wikileaks, em março de 2007 o diretor-geral do Ministerio das Relações Exteriores do Quênia, Tom Amolo, disse a um diplomata americano que Israel era "um sócio estratégico fundamental" e um "adequado contrapeso para aqueles estados em nossa região que não compartilham nossos valores".

Os ataques da Al Qaeda à embaixada dos Estados em Nairóbi, em 1997, fizeram Israel prestar atenção à ameaça terrorista na África.

Em 2002, os ataques contra turistas israelenses em Mombaça e a tentativa de se atingir com um míssil um avião da companhia aérea israelense Arkia acenderam todos os alarmes.

O Quênia é um cliente da indústria militar de Israel, que vende consideráveis quantidades de armamento e sobretudo assessora militarmente o país africano.

Além disso, centenas de soldados quenianos receberam nos últimos anos treino na luta contra o terrorismo em Israel ou no Quênia por parte de instrutores israelenses, informou hoje o jornal "Haaretz".

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