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Jerusalém – O governo de Israel decidiu ontem não expandir por enquanto a operação militar contra o grupo terrorista Hezbollah no sul do Líbano, mas autorizou o Exército a convocar mais de 30 mil reservistas para o caso de os combates se intensificarem. Mais de 480 pessoas já morreram em 16 dias de combates, 90% do lado libanês. Parte dos corpos ainda não foi contada.

Para o governo israelense, o fracasso na reunião realizada em Roma, na véspera, com representantes de 18 países, em estabelecer um cessar-fogo, representou um sinal verde à sua ofensiva sobre o Líbano. "Nós recebemos, na conferência em Roma, a permissão do mundo (...) para continuar a operação, esta guerra, até que o Hezbollah não esteja mais estabelecido no Líbano e até que esteja desarmado", declarou o ministro israelense de Justiça, Haim Ramon.

A avaliação de Israel sobre o aval da comunidade mundial ao conflito, no entanto, é equivocada, dizem líderes europeus. "Eu diria exatamente o oposto: que ficou claro que todos os presentes (no encontro em Roma) querem ver o fim dos combates o mais rápido possível", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.

A influência de Israel, que não estava presente, derrubou a proposta de cessar-fogo. A comunidade internacional se mostrou sensível ao argumento dos Estados Unidos, que quer aniquilar o Hezbollah, e partiu para uma segunda fase de negociações, que incluem o envio de uma força de paz das Nações Unidas à zona de conflito.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sugeriu que poderia apoiar a ofensiva israelense pelo tempo necessário para enfraquecer o Hezbollah e também condenou veementemente o apoio do Irã ao movimento libanês.

Os recentes eventos sinalizam que Israel e os EUA estão esperando uma batalha mais longa do que o previsto inicialmente. A ofensiva poderia se tornar muito mais violenta se o governo israelense decidisse ampliar os atuais ataques aéreos e incursões em pequena escala para uma invasão terrestre com milhares de soldados.

Nos últimos dias, generais israelenses persuadiram o governo a autorizar uma ampla campanha terrestre no sul do Líbano, que ajudaria as tropas já empenhadas nos combates. Depois disso, as três novas divisões foram convocadas.

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