O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, durante uma entrevista coletiva na sede da ONU em Nova York em outubro| Foto: EFE/Javier Otazu
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Os ministros israelenses das Relações Exteriores, Eli Cohen, e da Saúde, Uriel Menachem Buso, reafirmaram nesta terça-feira (14) a justificativa do país para continuar com o atual cerco militar em vários hospitais localizados no norte da Faixa de Gaza, em meio às críticas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Em entrevista coletiva realizada no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, os ministros israelenses argumentaram que os hospitais de Gaza estão sendo utilizados como bases por organizações terroristas, como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina. Além disso, Israel também apontou que os terroristas estão se aproveitando dos recursos desses centros médicos, como a eletricidade, para usar em seus túneis e centros de comando.

O ministro da Saúde destacou a presença de crianças e mulheres sendo utilizadas como escudos humanos pelos terroristas palestinos, uma situação que, segundo ele, precisa ser entendida pela comunidade internacional neste momento.

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O Hospital Infantil Al Rantisi, que segundo Israel abrigava um centro de comando do Hamas e pode ter servido de local para abrigar os reféns sequestrados pelos terroristas durante os ataques do dia 7 de outubro, também foi mencionado durante a coletiva como um dos alvos das Forças de Defesa de Israel (FDI) durante os recentes combates na região.

"Diremos ao diretor geral da OMS o que todos precisam saber: nesses hospitais, crianças e mulheres estão sendo usadas pelos terroristas como escudos humanos", disse Buso. "Os terroristas estão tirando eletricidade dos hospitais e usando-a em seus próprios túneis e em sua infraestrutura de terror", completou o ministro.

O chanceler Eli Cohen, que mais cedo criticou o secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou a busca pela "libertação imediata de todos os civis" israelenses que estão sob o controle do Hamas em Gaza. Ele também ressaltou que o dia 7 de outubro foi considerado o “pior dia para o povo judeu desde o Holocausto”.

Cohen também mostrou fotos do Hospital Infantil Al Rantisi e disse: “por que esses hospitais precisam de túneis subterrâneos de 10, 20, 30 metros de profundidade? Porque eles são usados como base por uma organização terrorista. Mostraremos todos esses dados à OMS, para que eles possam ver quem estão financiando".

Cohen também expressou a importância de a comunidade internacional se posicionar firmemente contra os terroristas do Hamas, afirmando que a Faixa de Gaza deve ser liberta do controle dos extremistas “não apenas em benefício de Israel”.

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"A comunidade internacional deve dizer claramente que a Faixa de Gaza deve ser liberta do Hamas, não apenas para o bem de Israel, mas para o bem do próprio povo de Gaza. Se não vencermos, vocês serão os próximos, porque o jihadismo islâmico não conhece fronteiras", disse ele.

Ambos os ministros israelenses irão se reunir nesta semana com o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom. Na reunião, eles apresentarão dados e argumentos que respaldam a operação militar israelense em Gaza e esclarecerão as razões por trás do cerco aos hospitais do enclave palestino. (Com Agência EFE)

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]