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Israel lançou neste domingo uma nova ofensiva na Faixa de Gaza e prendeu mais de 200 militantes suspeitos em uma maciça operação na Cisjordânia neste sábado, depois de acusarem os palestinos de promoverem ataques partindo de Gaza.

Jurando usar todos os meios para deter os ataques palestinos, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, disse a seu gabinete que não pretende promover uma única ação, mas ações contínuas, "cujo objetivo será ferir os terroristas para que nunca mais se recuperem".

Sharon falou depois que um helicóptero lançou dois mísseis em Gaza. Uma fonte militar afirmou que prédios usados por militantes do Hamas eram o alvo. Não houve notícias de mortes um dia depois de um ataque semelhante ter provocado a morte de dois militantes e ferido 20 pessoas.

Na Cusjordânia, tropas prenderem 207 militantes suspeitos na mais dura posição adotada em meses. Entre os presos estavam os líderes do Hamas Hassan Youssef e Mohammed Ghazal, conhecidos como relativamente moderados dentro do grupo, que é comprometido com a destruição de Israel.

As tropas estão a postos do lado de fora da Faixa de Gaza para uma possível ofensiva por terra. A artilharia lançou três baterias próximas do território, no que uma fonte de segurança chamou de "prática de campo".

O Gabinete de Sharon também concordou em retomar a prática de assassinatos de militantes, suspensos desde a trégua acertada em fevereiro, além de dar luz verde para o uso da artilharia. Segundo a imprensa, a operação do Exército israelense foi chamada de "Primeira Chuva".

O primeiro-ministro Palestino, Ahmed Qurie, acusou Israel de tentar destruir as esperanças de retomar as negociações de paz depois da reirada dos assentamentos judeus de Gaza.

- Podemos ver que Israel quer matar qualquer tentativa de retomar o processo de paz - disse Qurie.

A última espiral de violência foi intensificada quando uma explosão matou 15 pessoas durante um comício do Hamas em Gaza, na sexta-feira.

O Hamas acusou Israel e os militantes responderam lançando pelo menos 40 foguetes contra o Estado judeu, embora os israelenses tenham negado qualquer responsabilidade e a Autoridade Palestina ter dito que pode ter sido um acidente causado por integrantes do Hamas que carregavam explosivos.

O Hamas jurou vingança. O porta-voz do grupo, Mushir al-Masri, afirmou que a violência poderia "abrir as portas do inferno". Segundo ele, os líderes do Hamas tomariam precauções extras contra os ataques israelenses.

O Hamas prometera respeitar a trégua acertada entre o presidente palestino Mahmoud Abbas e Israel, em fevereiro, e que ajudaria a uma retirada dos assentamentos sem criar problemas.

As autoridades palestinas condenaram "a agressão israelense", mas Abbastambém critiou fortemente os militantes por manterem explosivos em áreas densamente habitadas.

O secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e a União Européia disseram estar muito preocupados com a escalada de violência e pediram moderação.

A violência poderia ter impacto em um momento no qual Sharon testa a lealdade de seu partido, o Likud, que deve votar se aceita antecipar as eleições, um pedido feito pelo maior rival de Sharon, Benjamin Netanyahu.

Netanyahu afirmou que a retirada dos assentamentos de Gaza traria mais violência ao conflito.

A votação, que será realizada por mais de 3 mil membros dos comitês centrais na segunda-feira, poderia obrigar Sharon a deixar o Likud e formar uma nova aliança de centro.

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