Israel advertiu os moradores do sul do Líbano, nesta sexta-feira, a abandonarem a região, enquanto estuda ampliar uma ofensiva terrestre contra o Hezbollah, apesar do número crescente de vítimas e da ameaça de crise humanitária.
Após dez dias de bombardeios que mataram 312 pessoas e destruíram boa parte da infra-estrutura libanesa, Israel não conseguiu interromper os disparos de foguetes do Hezbollah contra seu território, o que aumenta as chances de um ampla ação terrestre para tentar concluir esse objetivo.
Aviões israelenses despejaram panfletos no sul do L!bano, dizendo aos civis para deixar as cidades e vilarejos perto da fronteira, afirmaram testemunhas.
- É poss!vel que nossas operações por terra sejam ampliadas nos próximos dias - disse o general Alon Friedman ao jornal "Maariv", acrescentando que muitos reservistas seriam convocados.
O Exército de Israel disse, porém, que o Hezbollah está lançando menos foguetes, tendo disparado apenas 50 na quinta-feira, contra 140 no dia anterior e uma média diária de 110 desde o início do conflito.
Milhares de estrangeiros retirados do Líbano estão chegando ao Chipre, provocando alertas das autoridades de que a pequena ilha não teria capacidade de receber tantas pessoas.
- Eles (os israelenses) estão atacando civis. Eles se dizem civilizados, mas são bárbaros - disse Habib Kheil, um professor de matemática de Michigan.
A campanha militar israelense já obrigou mais de 500 mil pessoas a abandonarem suas casas no Líbano. Bombas destruíram dezenas de pontes e estradas, dificultando ainda mais a situação dos civis.
O ataque de Israel começou após o Hezbollah ter cruzado a fronteira, matado oito soldados e capturado outros dois numa operação no dia 12 de julho. Ao mesmo tempo, Israel mantém uma ofensiva militar contra militantes palestinos na Faixa de Gaza, desde que o Hamas seqüestrou outro soldado israelense em 28 de junho.



