O governo de Israel rapidamente negou qualquer envolvimento no assassinato do líder do grupo Hezbollah nesta quarta-feira (4). Hassan Al-Laquis, foi morto a tiros próximo da sua casa no sul de Beirute, segundo autoridades de segurança do Líbano.

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Em comunicado divulgado no canal de televisão Al Manar, o grupo islâmico acusou Israel de ser o responsável pelo assassinato, alegando que o país inimigo já tinha tentado eliminar Al-Laquis diversas vezes. "O inimigo israelense é naturalmente o culpado. Eles devem assumir completamente a responsabilidade e a repercussão por esse crime feio", ressaltou o comunicado.

Segundo o Hezbollah, Hassan foi morto enquanto voltava do trabalho para casa por volta da meia-noite. Autoridades de segurança libanesas disseram que homens contra o líder no estacionamento do prédio onde vivia, localizado no bairro de Hadath, que fica a três quilômetros do sul de Beirute. Ele foi levado às pressas para um hospital, mas não resistiu e morreu.

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A agência de notícias estatal do Líbano publicou uma foto da vítima. A imagem mostrava um homem com cerca de 40 anos de idade cabelo preto e uma barba grisalha, vestindo roupas militares bege.

O ministro de Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, negou o envolvimento do país. "Israel não tem nenhum envolvimento com esse incidente", afirmou ele.

O grupo Hezbollah já travou várias guerras contra Israel. O filho de Al-Laqis morreu em um embate contra os israelenses em 2006. O serviço de espionagem israelense é suspeito de assassinar vários comandantes do Hezbollah nas últimas de duas décadas.

Em 1992, um helicóptero de Israel emboscou um comboio com o líder Abbas Musawi, matando ele, a esposa, o filho de 5 anos e quatro guarda-costas. Oito anos antes, o líder Sheik Ragheb foi assassinado no sul do Líbano.

O atual líder do grupo islâmico raramente aparece em público desde a guerra de 2006. Em uma rara viagem, Hassan Nasrallah foi até a vizinha Síria na última semana para encontrar os presidentes do Irã e da Síria.

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A morte de Al-Laqis ocorreu meia hora depois de Nasrallah terminar uma entrevista de três horas em uma televisão local, onde acusou a Arábia Saudita de estar por trás de um duplo atentado de bombas que teve como alvo a embaixada iraniana em Beirute. No episódio, 23 pessoas morreram. Fonte: Associated Press.