O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta segunda-feira (25) transferir o dinheiro que o país devia à Autoridade Nacional Palestina (ANP) pelos impostos e tarifas que arrecada em seu nome, informou a presidência do governo em comunicado.

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Netanyahu "decidiu hoje permitir a transferência de fundos à Autoridade Palestina. A decisão foi tomada seguindo a opinião do Gabinete de Segurança", explica a nota oficial.

O novo ministro das Finanças, Yair Lapid, "dará instruções ao pessoal de seu Ministério para que renove a transferência de fundos", diz o comunicado, o que sugere que não se trata de um pagamento único, mas de retomar as transferências que Israel é obrigada a realizar mensalmente segundo o protocolo econômico dos acordos de paz de Oslo (acordos de Paris de 1995).

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Netanyahu ordenou suspender a transferência de fundos em novembro passado como represália à ANP pela mudança de status na ONU da Palestina ao de estado observador não membro.

A nova decisão acontece dias depois da visita à região do presidente americano, Barack Obama, e do retorno no sábado a Jerusalém de seu secretário de Estado, John Kerry, que tentaram convencer a israelenses e palestinos que reiniciem o processo de paz.

Em fevereiro, Netanyahu ordenou transferir à ANP os impostos desse mês a fim de acalmar os ânimos na Cisjordânia e abafar os protestos populares que aconteceram por devido a uma prolongada greve de fome de vários presos e da morte de um recluso palestino na prisão israelense de Meguidó.

Mas então advertiu que se tratava de um pagamento excepcional.

Anteriormente, US$ 100 milhões haviam sido depositados na conta com os impostos de dezembro.

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Israel arrecada o dinheiro para a ANP de palestinos que trabalham em seu território e de produtos que passam por portos israelenses e, segundo os compromissos assinados, deve ser entregue aos palestinos no dia 5 de cada mês.

A transferência desse dinheiro é fundamental para o sustento da ANP, já que representa mais da metade de sua renda.