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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta quarta-feira (9) à comunidade internacional que tome medidas para pôr fim ao projeto nuclear iraniano, mas não enunciou quais seriam essas medidas, um dia após a divulgação do relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o programa nuclear de Teerã.

"O relatório da AIEA confirma a posição da comunidade internacional, e de Israel, de que o Irã está desenvolvendo armas nucleares", destacou o gabinete de Netanyahu em comunicado. "A importância do relatório é que a comunidade internacional deve cessar a busca iraniana de armas nucleares que põem em perigo a paz do mundo e do Oriente Médio".

Até agora, o governo israelense tinha mantido silêncio e Netanyahu havia solicitado a seus ministros que não fizessem declarações sobre o relatório, após uma semana de intenso debate na imprensa e entre a opinião pública israelense sobre a conveniência de um ataque militar às instalações nucleares iranianas.

O relatório da AIEA apresenta indícios de que Teerã manteve pelo menos até recentemente atividades que só poderiam estar relacionadas ao desenvolvimento de armas nucleares e que não fazem parte do desenvolvimento de um programa nuclear civil.

A líder da oposição e ex-ministra das Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, se referiu à questão manifestando: "Agora, quando a verdade está diante dos olhos do mundo, Israel deve convocar todo o mundo livre para frear o Irã".

Já o deputado trabalhista Benjamin Ben-Eliezer, ex-ministro da Defesa, declarou nesta quarta-feira à rádio pública israelense que o país deve se abster de lançar um ataque contra o Irã, e que, em seu lugar, devem ser as potências estrangeiras, em particular os Estados Unidos, que devem liderar uma ofensiva destinada a neutralizar seu programa nuclear.

Na última semana, a imprensa israelense informou que a Força Aérea fez treinamento para voos de longa distância, que poderiam estar se preparando para bombardear instalações no Irã.

Teerã argumentou que o relatório da AIEA é "pouco profissional e tem motivações políticas", e reiterou que seu programa nuclear tem exclusivamente fins pacíficos.

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