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Secretário John Kerry durante encontro com o ministro saudita Saud Al-Faisal, no qual discutiu a questão da Palestina | Brendan Smialowski/Reuters
Secretário John Kerry durante encontro com o ministro saudita Saud Al-Faisal, no qual discutiu a questão da Palestina| Foto: Brendan Smialowski/Reuters

Conferência

Kerry defende que Irã participe de conversas sobre paz na Síria

O secretário de Estado norte-ame­ricano, John Kerry, sugeriu ontem que o Irã deve se envolver nas conversas de paz na Síria, que serão realizadas em Genebra ainda este mês. Membros da oposição podem resistir a este movimento.

Os comentários de Kerry foram os primeiros por parte de uma autoridade norte-americana indicando que os iranianos deveriam ser convidados para a conferência, marcada para 22 de janeiro. A Rússia e o enviado especial das Nações Unidas para a Síria haviam dito que o Irã deveria participar na conferência de Genebra, mas a ideia vinha sendo rejeitada pela França, Arábia Saudita e até então pelos EUA.

A Coalizão Nacional Síria, principal grupo de oposição do país, é contrária à participação do Irã. O grupo se recusou a colocar o tema na agenda da conferência preparatória realizada em Istambul, na Turquia.

Agência Estado

Iraque

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, informou ontem que os Estados Unidos vão apoiar a luta do Iraque contra militantes ligados a Al-Qaeda que tomaram duas cidades. Kerry afirmou, porém, que os norte-americanos não enviarão tropas. "Essa é uma luta que pertence aos iraquianos", disse o secretário.

Israel rejeitou a proposta do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, sobre a segurança no Vale do Jordão que faz parte de um plano para um acordo de paz com os palestinos. "A segurança deve ficar em nossas mãos. Qualquer um que proponha uma solução no Vale do Jordão com a ajuda de uma força internacional, a polícia palestina ou meios tecnológicos não compreende realmente a situação no Oriente Médio", disse ontem o ministro de Assuntos de Inteligência israelense, Yuval Steinitz.

O futuro do Vale do Jordão, território na fronteira com a Jordânia ocupado por Israel desde 1967 e considerado por este último parte de sua fronteira estratégica, é um dos assuntos mais espinhosos que Kerry aborda em seus encontros com os líderes israelenses e palestinos.

O secretário americano acredita ser possível uma solução que, por um lado, devolva toda a soberania aos palestinos e garanta, ao mesmo tempo, a segurança de Israel, mediante ações militares não visíveis, com avançados dispositivos eletrônicos de vigilância. A presença militar física israelense durante algum tempo também é considerada.

Os palestinos exigem a total retirada das forças israelenses e estariam dispostos a aceitar a participação de forças internacionais como garantia, mas Israel quer permanecer na fronteira para impedir o acesso de extremistas islamitas à Cisjordânia.

Decisão política

Um grupo do partido governante Likud apresentou na semana passada um projeto de lei para anexar a Israel essa região junto com os assentamentos locais. O ex-chefe do Mossad (serviço de inteligência de Israel), Meir Dagan, minimizou a importância das reivindicações israelenses e assegurou, em uma conferência privada na cidade de Kfar Saba, que "se trata mais de uma decisão política".

Steinitz, que apresentou ao Conselho de Ministros de Benjamin Netanyahu um relatório sobre a incitação anti-israelense na Autoridade Nacional Palestina (ANP), mostrou também sua "grande desconfiança" quanto às intenções de paz de seu presidente, Mahmoud Abbas.

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