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Israelense Benjamin Netanyahu (à esq.) manifestou desapontamento; Palestino Mahmoud Abbas aponta acordos não cumpridos | Abir Sultan/Reuters; Heinz-Peter Bader/Reuters
Israelense Benjamin Netanyahu (à esq.) manifestou desapontamento; Palestino Mahmoud Abbas aponta acordos não cumpridos| Foto: Abir Sultan/Reuters; Heinz-Peter Bader/Reuters

Divisão

Fatah e Hamas estão divididos após um violento conflito em 2007. Hoje, Fatah tem o poder na Cisjordânia, e Hamas, em Gaza. Quando do anúncio do acordo entre as duas partes, foi informado pela liderança do Fatah que o governo de unidade a ser formado com o Hamas reconheceria Israel e se comprometeria com a solução de dois estados para o conflito árabe-israelense. O Hamas, contudo, não confirma.

O gabinete de segurança israelense decidiu, após uma reunião de emergência em Jerusalém, suspender imediatamente as negociações de paz com a Autoridade Nacional Palestina. Israel antecipou ainda que responderá às "medidas unilaterais adotadas pela Autoridade Palestina" com uma série de sanções não especificadas.

A medida israelense veio como resposta ao anúncio, feito na última quarta-feira, do acordo de reconciliação política entre as facções palestinas Fatah e Hamas, após anos de divisão. Israel considera o Hamas como uma facção terrorista e, como tal, inadequada às negociações de paz.

As conversas entre Israel e Autoridade Nacional Pa­­lestina iriam expirar, de qual­­quer maneira, na terça-feira, após terem sido renovadas no ano passado com mediação diplomática americana. Estagnadas, as negociações não tinham previsão de serem prolongadas.

Responsabilidades

A liderança palestina, do presidente Mahmoud Abbas, aponta a responsabilidade israelense no desmoronamento das conversas pela paz, a partir da contínua construção de assentamentos na Cisjordânia e do não cumprimento da libertação de prisioneiros palestinos, como havia sido acordado anteriormente.

O governo de Israel, por sua vez, critica a recusa palestina em reconhecer o Estado israelense como "judaico", uma de suas reivindicações. Além disso, aponta a aproximação com o Hamas como um sério obstáculo. "Talvez eles queiram que as negociações falhem", afirmou à reportagem um porta-voz da chancelaria israelense. "É um grande desapontamento", acrescentou.

"Em vez de escolher a paz, [o presidente palestino Mahmoud Abbas] formou uma aliança com uma organização terrorista assassina que pede a destruição de Israel", afirmou mais cedo Benjamin Netanyahu, premiê israelense.

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