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A política de Israel privou a Autoridade Palestina de "sua razão de ser", criando uma situação que não pode continuar, diz o presidente Mahmud Abbas em carta que enviará ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Na carta, que será entregue esta semana a Netanyahu e a qual a AFP teve acesso neste domingo (15), Abbas adverte que "o atual status quo não pode continuar", e se mostra preocupado com a impossibilidade de criação de um Estado palestino.

"Como consequência das ações empreendidas pelos sucessivos governos israelenses, a Autoridade Nacional Palestina já não tem autoridade e competência significativas em nível político, econômico, territorial e de segurança", diz Abbas na carta.

"Em outras palavras, a Autoridade Palestina perdeu sua razão de ser e se continuar assim, será incapaz de cumprir seus compromissos", destaca Abbas, em referência aos acordos firmados com Israel desde Oslo-1993, que propiciaram a criação da Autoridade Palestina.

Na carta, o presidente palestino pede ainda a Israel que esclareça, "o mais cedo possível", suas posições sobre quatro pontos-chave: o princípio de dois Estados - israelense e palestino - com fronteiras prévias à guerra de junho de 1967; a suspensão da construção das colônias judaicas na Cisjordânia, a libertação de todos os prisioneiros palestinos e a anulação das decisões que minam os acordos bilaterais firmados desde o ano 2000.

"Estamos dispostos a retomar imediatamente as negociações assim que recebermos uma resposta positiva sobre estes pontos", escreve Abbas, que exige o congelamento da colonização e o reconhecimento das fronteiras de 1967 para voltar à mesa.

"A lógica é simples: se o governo israelense apoia a criação de um Estado palestino, por que motivo está construindo no território deste Estado"? - pergunta Abbas.

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