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Pelo menos 29 pessoas morreram de hipotermia a bordo de embarcações da guarda costeira italiana após serem resgatadas de um bote inflável à deriva perto da Líbia, afirmou nesta segunda-feira (9) a prefeita da ilha italiana de Lampedusa.

Dois barcos de patrulha italianos recolheram 105 imigrantes no domingo à noite dentro do bote, em meio a condições agitadas no mar, com ondas de até 8 metros e temperatura abaixo de zero grau, disse a guarda costeira em comunicado.

Os imigrantes então passaram 18 horas nos deques dos pequenos barcos de patrulha enquanto eram levados para Lampedusa, sofrendo com ventos frios e a água gelada, e ao menos 29 morreram de hipotermia durante o trajeto, declarou à Reuters a prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini.

O número de mortos ainda pode subir, disse ela. Um imigrante foi levado de helicóptero para a ilha da Sicília em estado grave, e o segundo barco de patrulha ainda chegará ao porto.

Nicolini culpou o encerramento da missão de busca e salvamento da Itália, conhecida como Mare Nostrum, no ano passado, pela tragédia. Desde então, não há navios da Marinha capazes de manter um grande número de imigrantes nas águas próximas à costa líbia.

"A Mare Nostrum foi uma solução de emergência para uma crise humanitária, e encerrá-la foi um enorme e intolerável passo para trás", disse Nicolini em entrevista por telefone. Grupos de direitos humanos alertaram repetidamente que o fim da missão colocaria vidas em perigo.

Agora, a União Europeia está executando uma operação de controle de fronteira chamada Triton, com menos navios e uma área muito menor de operações.

A guerra civil na Síria e conflitos na Líbia elevaram o número de pessoas que atravessou o mar Mediterrâneo no ano passado. Muitos pagam de US$ 1.000 a US$ 2.000 para viajar.

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