O Senado italiano deu na quinta-feira a aprovação definitiva do Parlamento à reforma do sistema universitário, o que reduzirá em pelo menos 300 milhões de euros o orçamento para o ensino superior em 2011. A medida tem provocado protestos estudantis enormes e eventualmente violentos.
"Hoje é um bom dia para o país e para as universidades da Itália, e é uma grande oportunidade para os estudantes que são os verdadeiros beneficiários, inclusive aqueles que tanto têm protestado", disse a ministra da Educação, Mariastella Gelmini.
O governo afirma que a reforma cria um sistema mais baseado no mérito e mais voltado para a formação profissional. Além disso, ela representa uma economia para os cofres públicos num momento de fortes restrições fiscais.
Na semana passada, estudantes incendiaram carros e quebraram vitrines durante protestos, e dezenas de pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia no centro de Roma, nos incidentes mais graves na cidade em vários anos.
Após dois dias de acalorado debate, o Senado aprovou a reforma por 161 a 98 votos. Antonio Di Pietro, líder do partido oposicionista Itália de Valores, disse que a reforma "desregulamenta o direito ao estudo, que deveria ser garantido para todos", e constitui "mais uma página negra escrita por este governo".
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