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A guarda costeira italiana e pescadores conseguiram salvar on­­tem 500 refugiados que viajavam em um barco que encalhou perto da Ilha de Lampedusa (sul da Itá­­lia), em uma operação qualificada por um socorrista como um "mi­­lagre".

"Conseguimos resgatar todos os passageiros", afirmou o porta-voz da Capitania dos Portos, Vit­­to­­rio Alessandro.

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As imagens transmitidas pe­­la televisão italiana mostravam cenas dramáticas de refugiados agarrados às cordas tentando le­­var o barco pesqueiro até a margem e alguns homens que nadavam para ajudá-los. As fortes on­­das empurravam o barco contra as rochas.

"Havia cerca de 500 pessoas na embarcação. A situação era difícil. Nossos barcos de patrulha não podiam se aproximar devido à pouca profundidade das águas e devido à ressaca, que era muito forte", explicou Antonio Morana, da guarda costeira. "Para ser ho­­nestos, quando terminamos co­­meçamos a chorar e a nos abraçar­­mos. Todos pensávamos nestas crianças no mar. Foi inacreditável. Foi um verdadeiro milagre que conseguimos salvá-los", acres­­centou.

Violência

Nas últimas semanas, milhares de refugiados abandonaram a Líbia, país afundado em uma guerra civil, e chegaram à costa de Lampedusa. A ilha é o ponto mais setentrional da Itália e, portanto, mais próximo ao norte da África.

Segundo Vittorio Alessandro, a embarcação se dirigia a Malta escoltada pela guarda costeira do país, mas finalmente foi desviada para ir até Lampedusa. "Quando se aproximava do porto de Lam­­pedusa, virou subitamente para as pedras. Houve muito pânico a bordo", disse.

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Alguns dos refugiados ficaram levemente feridos e foram hospitalizados. Interrogado so­­bre o ocorrido, Morana indicou que há uma investigação em curso sobre as causas do acidente, mas acredita que se tratou de uma "falha do leme".