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Estátua em  frente à embaixada japonesa em Seul representa as mulheres coreanas que foram feitas escravas sexuais pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. | NEWS1/Reuters
Estátua em frente à embaixada japonesa em Seul representa as mulheres coreanas que foram feitas escravas sexuais pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.| Foto: NEWS1/Reuters

A Coreia do Sul e o Japão chegaram a um acordo histórico nesta segunda-feira para resolver a questão das “mulheres de conforto”, como eram chamadas as coreanas forçadas a se prostituir em bordéis no tempo da guerra, um problema que atormenta as relações entre os dois países.

Depois de uma reunião em Seul, os ministros das Relações Exteriores dos dois países disseram que a questão das “mulheres de conforto” seria “finalmente resolvida de vez” se todas as condições forem satisfeitas.

A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeram aproveitar a oportunidade para impulsionar os laços bilaterais, logo após o acordo entre os chanceleres.

O acordo será positivo para os Estados Unidos, que se esforçam para melhorar as relações entre os seus dois principais aliados asiáticos em face de uma China cada vez mais assertiva e uma Coreia do Norte imprevisível.

A tensão entre Tóquio e Seul tem impedido os dois países de assinar um acordo para compartilhar informações militares sensíveis, por isso há um ano eles firmaram um pacto de três vias, pelo qual a Coreia do Sul remete informações para os Estados Unidos, que, em seguida, as repassam para o Japão, e vice-versa.

Park disse esperar que os dois governos trabalhem por meio de um processo difícil para chegar a esse acordo. “Podem cooperar estreitamente para começar a construir confiança e iniciar um novo relacionamento”, disse Park a Abe, segundo o gabinete dela.

Abe declarou a repórteres em Tóquio que o Japão pediu desculpas e manifestou o seu remorso, mas acrescentou que futuras gerações japonesas não deveriam ter que continuar a fazer isso.

“Nunca devemos permitir que esse problema se arraste para a próxima geração”, disse ele, ecoando comentários feitos durante a cerimônia que lembrou o 70.º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial em 15 de agosto “De agora em diante, Japão e Coreia do Sul entrarão em uma nova era.”

O Japão está “dolorosamente consciente das suas responsabilidades” na afronta à honra e dignidade das mulheres, disse o chanceler japonês, Fumio Kishida, em entrevista coletiva em Seul com o seu homólogo sul-coreano.

O Japão vai dispor em seu orçamento do governo de cerca de 1 bilhão ienes (8,3 milhões de dólares) para um fundo que vai ajudar as “mulheres de conforto”, e trabalhar com a Coreia do Sul para executar um programa para restaurar sua honra e dignidade, disse Kishida.

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