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Japão e Estados Unidos selaram na sexta-feira um acordo sobre segredos militares, dando uma demonstração de solidariedade dias depois de um influente líder da oposição japonesa criticar os EUA por pedirem apoio no Afeganistão.

Sorridente, o chanceler Taro Aso cumprimentou o embaixador norte-americano Thomas Schieffer na sede do ministério, em Tóquio, antes que eles assinassem o acordo e trocassem cópias.

Autoridades japonesas dizem que o tratado facilitará a troca de informações sigilosas.

Os dois países já cooperam na pesquisa e desenvolvimento de um novo escudo antimísseis que começou a ser criado no Japão e arredores -- um projeto que resulta dos temores de Tóquio em relação aos testes de mísseis da Coréia do Norte.

Os EUA pressionam o Japão desde 2005 a assinar o Acordo Geral de Segurança da Informação Militar, que estabelece regras para o tratamento de dados confidenciais de defesa que sejam compartilhados por ambos os governos.

"Este é um grande dia para o Japão, para os EUA e para mim pessoalmente", disse Schieffer a Aso depois da assinatura, lembrando que o acordo foi proposto inicialmente há 20 anos, e que Washington agora já firmou 65 dessas parcerias.

A demora na conclusão do acordo pode ter sido provocada em parte devido a preocupações pacifistas do Japão em dar poder demais aos militares, disse neste ano um funcionário da Agência de Defesa.

Um escândalo surgiu quando se descobriu que oficiais da Marinha japonesa haviam permitido o vazamento de informações sobre sistemas antimísseis e de radares. Tóquio então prometeu melhorar o controle sobre dados militares.

Há dois dias, Schieffer visitou o principal líder de oposição no Japão, Ichiro Ozawa, para defender a proposta norte-americana de que o Japão prorrogue as missões de reabastecimento aéreo no oceano Índico, que contribuem com a operação militar dos EUA no Afeganistão. Diante da imprensa, o pedido de Schieffer foi rejeitado por Ozawa.

A oposição venceu as eleições de 29 de julho para o Senado e agora pode obstruir a aprovação de uma lei que prorroga as missões no Índico. Caso não haja renovação, o programa expira em novembro.

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