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Ministro das Finanças Taro Aso e primeiro ministro Shinzo Abe anunciam ações em Fukushima | Shizuo Kambayashi/Reuters
Ministro das Finanças Taro Aso e primeiro ministro Shinzo Abe anunciam ações em Fukushima| Foto: Shizuo Kambayashi/Reuters

US$ 470 milhões serão investidos em um muro de gelo subterrâneo e em outras medidas destinadas a conter os vazamentos de água contaminada da usina nuclear de Fukushima.

O governo do Japão anunciou ontem que investirá o equivalente a US$ 470 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) em um muro de gelo subterrâneo e em outras medidas destinadas a conter os vazamentos de água contaminada da usina nuclear de Fukushima. A ação do governo ocorre depois de sucessivas tentativas fracassadas promovidas pela operadora da usina para controlar a situação.

O anúncio é visto como uma tentativa de mostrar que o acidente nuclear ocorrido em 2011 não representa uma ameaça à segurança dias antes de o Comitê Olím­pico Internacional (COI) anunciar a cidade escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 2020. As três cidades finalistas são Tóquio, Istambul e Madri. A escolha é esperada para o sábado.

Após uma reunião da força-tarefa do governo sobre o desastre, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que o governo vai fornecer os "recursos necessários" para ajudar a resolver o problema da água contaminada na usina.

Mesmo sem oferecer detalhes, relatos da mídia nacional indicam que o governo irá fornecer cerca de 40 bilhões de ienes em financiamento nos próximos dois anos para resolver o vazamento. "O governo estabeleceu um plano básico e lançou um esforço para resolver os vazamentos de água contaminada", afirmou Abe.

Congelamento

Entre as medidas adotadas, o governo pretende cobrir integralmente o custo de congelamento do solo em torno dos edifícios dos reatores para evitar que as águas subterrâneas cheguem a esses edifícios. O plano é estabelecer a circulação de uma refrigeração especial através do solo para criar um "muro de gelo" que irá conter os fluxos de águas subterrâneas.

Além disso, são esperadas medidas para aumentar a capacidade de um sistema de filtragem que pode remover a maioria dos tipos de contaminação radioativa. "Este é um empreendimento sem precedentes. É óbvio que o governo terá que assumir a responsabilidade", afirmou o ministro das Finanças, Taro Aso.

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