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O Japão impôs nesta quarta-feira uma série de sanções à Coréia do Norte devido ao lançamento de seis mísseis, um deles de longo alcance, o que, segundo o governo japonês, foi uma ameaça à estabilidade e segurança do Leste da Ásia.

Entre as sanções, anunciadas pelo ministro porta-voz, Shinzo Abe, está a proibição de entrada no Japão de funcionários norte-coreanos e das tripulações de navios e aviões da Coréia do Norte.

No início da tarde, a balsa de transporte norte-coreana Mangyongbong-92, único transporte marítimo para passageiros entre Japão e Coréia do Norte, foi proibida de atracar nos portos japoneses pelos próximos seis meses.

A barca se dirigia ao porto de Niigata, no noroeste do Japão, quando as sanções foram anunciadas. A tripulação teve que lançar âncora fora do porto, à espera de novas decisões.

Segundo Abe, os funcionários norte-coreanos que estão em território japonês serão proibidos de entrar no país novamente se retornarem à Coréia do Norte.

Abe explicou que o governo japonês está estudando também a possibilidade de proibir o envio de remessas de dinheiro da grande comunidade norte-coreana residente no país. As sanções foram aprovadas pelo Executivo, reunido em Gabinete de crise, e pelo Conselho de Segurança Nacional.

Os mísseis foram disparados num intervalo de cinco horas na madrugada e manhã de hoje (horário local), e caíram no mar, ao oeste do Japão, perto do litoral norte-coreano e russo.

Além de um Taepodong-2 intercontinental, a Coréia do Norte disparou outros cinco mísseis de curto e médio alcance, do tipo Scud, de origem soviética, e Rodong, norte-coreanos.

Além das sanções decretadas, o Japão pediu, acompanhado pelos Estados Unidos, uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, na qual deve apresentar um projeto de resolução para censurar a Coréia do Norte e estabelecer sanções contra o regime comunista.

- Estamos consultando urgentemente o resto dos membros do Conselho de Segurança - disse o embaixador dos EUA na ONU, John Bolton.

O ministro porta-voz do governo japonês ressaltou que Pyongyang violou seus compromissos internacionais em matéria de mísseis.

Depois de causar alarme regional em 1998 ao disparar um Taepodong-1, que sobrevoou o território japonês e caiu no mar, a Coréia do Norte assinou em 1999 uma moratória para o lançamento deste tipo de mísseis.

O Departamento de Estado dos EUA considerou o lançamento de hoje como uma provocação e uma violação desta moratória, e anunciou o envio ao leste da Ásia de seu máximo negociador para assuntos coreanos, o subsecretário de Estado, Christopher Hill.

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