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L’Aquila - Um grupo de aproximadamente 50 brasileiros que jogam futebol de salão na região de Abruzzo, na Itália – abalada por constantes tremores de terra que atingem a região desde domingo – prepara as malas para retornar ao Brasil. Todos estão apavorados com os abalos, que têm provocado pânico e destruição nas cidades onde eles jogam futsal, como L’Aquila, Raiano, Avezzano e Pescara. Quatro desses brasileiros chegam hoje a São Paulo. Os demais já estão preparando as malas e devem retornar ao Brasil na semana que vem.

Vanderlei Reis Augusto, o Nenê, de 28 anos, que joga futsal na Itália há dez anos, tinha contrato para jogar no clube italiano Acqua e Sapone até maio, mas resolveu antecipar o fim do contrato e desembarca em São Paulo na terça-feira. Ele estava em Raiano, a 40 quilômetros de L’Aquila, no dia do terremoto.

Os sete brasileiros que estavam em Raiano tiveram que deixar os quartos de cuecas, um caindo sobre os outros, correndo pelas escadas, enquanto tudo tremia e caía das paredes. "A gente teve que se refugiar na quadra do ginásio de esportes do clube onde jogamos. Uns dormiram no chão, outros nos carros. Não dá mais para dormir dentro de casa", contou.

Os sete brasileiros são amigos que moram na zona Leste de São Paulo e foram jogar futsal na Itália. Eles estimam a presença de 400 brasileiros na região, que fica a 170 quilômetros de Roma. A decisão de abandonar a área do terremoto foi tomada na quinta-feira, depois de novo tremor. Eles estão emocionalmente sem condições de continuar na região, sobretudo depois de ontem, com as centenas de enterros coletivos na região.

"Pensamos que tudo havia terminado, mas não. Ontem (quinta-feira) houve um novo abalo. Estávamos todos juntos no alojamento. Tudo começou a tremer. Foi uma grande correria. Gente caindo, inclusive eu. O pânico tomou conta de todos. Cada dia que passa está mais difícil. Não vejo a hora de voltar para a minha casa. Abraçar minha filha, minha mulher e dormir tranqüilo", desabafa Vanderlei.

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