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O jornal Washington Post expressou nesta quinta-feira (24) sua "profunda preocupação" diante dos "relatos críveis" sobre a detenção de seu correspondente, Jason Rezaian, em Teerã, a capital do Irã, junto com sua esposa, Yeganeh Salehi, e outros dois cidadãos americanos.

O responsável pela editoria internacional do jornal, Douglas Jehl, informou que a publicação recebeu "relatos críveis" de que Rezaian e sua esposa foram presos na noite da última terça-feira (22) na capital iraniana.

"Não está claro quem os prendeu nem o motivo da detenção", afirmou o Post.

"Estamos profundamente preocupados com essa notícia e com o bem-estar de Jason, Yeganeh e de outros dois que aparentemente foram detidos com eles", afirmou Jehl em comunicado.

O editor do jornal disse que Rezaian, que trabalha como correspondente em Teerã desde 2012, "é um jornalista com experiência que merece proteção e cujo trabalho merece respeito".

Rezaian, de 38 anos, tem dupla nacionalidade americana e iraniana. Sua esposa, uma iraniana que iniciou os trâmites para obter a residência permanente nos Estados Unidos, trabalha como correspondente para o National, um publicação com sede nos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o Post, os outros dois cidadãos americanos detidos com eles trabalham como fotojornalistas, mas os funcionários americanos ainda não os identificaram.

A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Marie Harf, citada pelo "Washington Post", garantiu que já tomou consciência dos relatos sobre a prisão de três americanos em Teerã esta semana.

"Nossa maior prioridade é a segurança e o bem-estar dos cidadãos americanos que vivem no exterior", disse Harf, que não revelou detalhes adicionais.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, pediu nesta quinta-feira a libertação imediata dos quatro jornalistas.

"O Irã tem um histórico deplorável no que se refere ao tratamento de jornalistas detidos. O governo iraniano é responsável pela segurança dos quatro", afirmou em comunicado o coordenador regional para o CPJ, Sherif Mansour.

Mansour também pediu que as autoridades iranianas "expliquem imediatamente" o motivo das prisões.

Estados Unidos e Irã não têm relações diplomáticas formais, o que dificulta a libertação dos cidadãos americanos detidos no país asiático.

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