O jornal "Bild" publicou em sua edição desta sexta-feira (31) fotos inéditas das ruínas do bunker de Adolf Hitler em Berlim, feitas por um fotógrafo torcedor da extinta República Democrática Alemã (RDA) em 1987.

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As imagens, definidas como documento histórico pelo veículo, mostram as ruínas do bunker berlinense, décadas depois do suicídio do Führer - 30 de abril de 1945 - e foram feitas por um aprendiz de motorista de ônibus, Robert Conrad.

De acordo com seu relato, o fotógrafo, que agora tem 50 anos, se infiltrou nas ruínas disfarçado de operário da obra e registrou as imagens secretas.

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Os restos do bunker berlinense ficavam no setor leste da capital, território da Alemanha comunista, perto da fronteira com o lado ocidental.

Conrad entrou no espaço aproveitando a passagem de uma obra ao lado e captou as imagens com uma pequena câmera fotográfica com objetiva de 35 milímetros.

"Era a única e última oportunidade de documentar o lugar", disse Conrad ao diário "Bild", já que imediatamente depois iriam a começar as obras de construção de casas e esses acessos ficariam fechados.

Segundo explica, voltou ao lugar cerca de 30 vezes, apesar do perigo de ser descoberto.

O fotógrafo diz, ainda, ter certeza de ter descoberto também o lugar onde Magda Goebbels, a esposa do ministro da propaganda, Joseph Goebbels, envenenou seus seis filhos.

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Conrad garante não ser um "fã" do regime nazista e ter feito as fotografias por "fascinação" pelos locais históricos.

O então aprendiz de motorista atualmente trabalha como fotógrafo especializado em arquitetura em todo o país.

O que sobrou do bunker onde Hitler se suicidou com Eva Braun entrou para o patrimônio arquitetônico nacional para protegê-lo das escavadeiras em 1992, três anos depois da queda do Muro e dois da reunificação alemã.

No espaço chegaram a viver 700 pessoas, entre altos dirigentes, funcionários e oficiais das SS e o local fica perto do Reichstag, sede do Parlamento, e o emblemático Portão de Brandeburgo.