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Capa do “The Sun” mostra membros da família real, incluindo Elizabeth (então com 6 anos), fazendo gesto nazista | /Reprodução
Capa do “The Sun” mostra membros da família real, incluindo Elizabeth (então com 6 anos), fazendo gesto nazista| Foto: /Reprodução

Publicadas no último sábado (18) pelo tabloide “The Sun”, polêmicas imagens de membros da família real britânica — incluindo a futura rainha Elizabeth II, então com cerca de 6 anos — fazendo uma saudação nazista na década de 1930 provocaram uma campanha pesada para a divulgação de documentos históricos do aquivo privado da família real.

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Historiadores e políticos do Reino Unido acreditam que a liberação de outros materiais do arquivo poderia fornecer um contexto histórico sobre as ligações de alguns integrantes da família real e do Terceiro Reich antes da Segunda Guerra Mundial.

As imagens divulgadas pelo tabloide fazem parte de um filme familiar em preto e branco com 17 segundos de duração que teria sido feito em 1933 ou 1934 no Castelo de Balmoral, na Escócia. A pequena princesa Elizabeth aparece imitando o gesto nazista com a mãe, ao lado da irmã, aparentemente encorajadas pelo futuro rei Eduardo VIII, tio da soberana.

O Palácio de Buckingham manifestou descontentamento com o vazamento do filme, mas a opinião pública pressiona para que o arquivo oficial da monarquia, que remonta a 250 anos, seja aberto.

“Muitas pessoas entenderão estas fotos no contexto do momento. É uma família se divertindo que faz uma breve referência a um gesto que se via muito nos noticiários da época”, disse uma fonte do palácio à rede BBC.

Porém, para Karina Urbach, do Instituto de Pesquisa Histórica do Reino Unido, ao se recusar a dar mais informações de seu passado, a família real estaria censurando a própria história.

“Estas informações já deveriam estar em domínio público há 50 anos”, cobrou ela em declaração ao “Guardian”. “Os arquivos reais contêm assuntos do Estado. O papel da monarquia não é um assunto puramente pessoal. Não há mais o direito divino aos reis.”

Também ao “Guardian”, o professor de História Mark Almond, da Universidade de Oxford, argumentou que uma investigação sobre a juventude da rainha não iria prejudicar sua imagem — pelo contrário, poderia até reforçar sua relação com o público.

“Esse filme nos lembra de quantos desafios o país teve que superar nas últimas oito décadas sob os Windsor”, explicou o acadêmico.

Ainda segundo o jornal, a família real estaria investigando as circunstâncias do vazamento do filme e considerando tomar ações legais.

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