• Carregando...
O australiano Peter Greste | Khaled Elfiqui/Efe
O australiano Peter Greste| Foto: Khaled Elfiqui/Efe

O jornalista da Al Jazeera, Peter Greste, foi solto de uma prisão no Cairo ontem, e deixou o Egito de volta para o seu país de origem, a Austrália. A libertação ocorreu após 400 dias detido por acusações que incluem ajudar um grupo terrorista, segundo oficiais de segurança.

O canadense-egípcio Mohamed Fahmy, um dos colegas de Greste, deve ser liberado nos próximos dias, e será deportado ao Canadá. Ainda não há informações sobre o terceiro membro da equipe, o egípcio Baher Mohamed, que também foi preso no caso que provocou revolta internacional.Os três foram condenados por sete a dez anos de prisão .

A noiva de Fahmy, Marwa Omara, disse que esperava que ele fosse libertado logo da prisão de Tora, no Cairo, e deportado para o Canadá. "A deportação está no estágio final. Estamos otimistas".

O momento da liberação de Greste ocorreu dias depois do Egito sofrer um dos seus ataques mais sangrentos em anos. Mais de 30 membros das forças de segurança foram mortos na quinta-feira passada, e os comentários do presidente Abdel Fattah al-Sisi sugeriam que ele não estava disposto a ceder.

Muitos egípcios veem a Al Jazeera, com sede no Catar, como uma força desestabilizadora para o país, uma visão encorajada pela mídia local que rotulou os jornalistas de "A Célula do Marriott", porque eles trabalhavam em um dos hotéis da rede americana.

Autoridades egípcias acusam a rede de apoiar a Irmandade Muçulmana, o movimento que o então chefe do Exército Sisi venceu em 2013.

A Al Jazeera disse que a sua campanha para libertar os jornalistas do Egito não terminaria até que os três fossem soltos. "Foi uma provação incrível e injustificável para eles, que lidaram com tudo isso muito dignamente", disse a rede em um comunicado.

O caso contribuiu para acirrar as tensões entre Egito e Catar, apesar das especulações de que a mediação saudita melhorou os laços entre eles.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]