• Carregando...
Os brasileiros Corban e Gilvan foram forçados a retornar para o Brasil | Arquivo / Agência Brasil
Os brasileiros Corban e Gilvan foram forçados a retornar para o Brasil| Foto: Arquivo / Agência Brasil

Brasília - Enviados para o Egito para a cobertura da crise no país, o jornalista Corban Costa, da Rádio Nacional, e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos.

Desde a noite de quarta-feira até a manhã de ontem, Corban e Gilvan ficaram sem água, presos em uma sala sem janelas e com apenas duas cadeiras e uma mesa, em uma delegacia do Cairo.

Segundo o enviado especial do jornal Folha de S. Paulo ao Cairo, Samy Adghirni, os conflitos entre manifestantes pró e contra o ditador Hosni Mubarak chegaram à porta do hotel Hilton, onde havia jornalistas estrangeiros hospedados.

"É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu", afirmou Corban.

Para serem liberados, os repórteres foram obrigados a assinar um depoimento em árabe, no qual, segundo a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar imediatamente o Egito rumo ao Brasil. "Tivemos que confiar no que ele [o policial] dizia e assinar o documento", contou Corban.

A repressão atingiu ontem meios de comunicação árabes, franceses, suíços, belgas e norte-americanos. Vários outros jornalistas que cobriam os protestos foram detidos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]