Dois jornalistas britânicos de origem argelina foram assassinados nesta segunda-feira (26) pelas forças de segurança do regime sírio, na província de Idlib (norte), enquanto continuaram os bombardeios sobre a cidade de Homs (centro), informaram fontes da oposição.

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Ativistas dos Comitês de Coordenação Local (CCL) afirmaram em comunicado que as duas vítimas de Idlib, Nasim Intriri e Walid Balidi, morreram em Darkush, na fronteira com a Turquia, após entrar na Síria para rodar um documentário sobre a revolução no país.

De Idlib, um ativista sírio que se identificou como Musaab al Arabi informou à Agência Efe que os disparos das forças leais ao presidente sírio, Bashar al Assad, acabaram com a vida destes dois jornalistas independentes e feriram gravemente um opositor sírio que os acompanhava.

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Segundo os Comitês de Coordenação Local, pelo menos 44 pessoas morreram nesta segunda-feira na Síria, 24 delas na província central de Homs, um dos redutos opositores mais castigados pelo regime.

Esta rede opositora denunciou os intensos bombardeios lançados pelo Exército sírio sobre os bairros de Bayada e Rabee Arabi, e sobre as localidades de Quseir e Karnaz, todas em Homs.

A agência oficial síria "Sana", divulgou que foi abortado o plano de um "grupo de terroristas" que pretendiam entrar no país pela Turquia. Nesta operação ocorreram os conflitos entre as forças do Governo e os oposicionistas. Segundo a agência, vários "terroristas" teriam sido mortos e feridos.

Nenhuma destas informações pôde ser verificada de forma independente pelas restrições que as autoridades sírias impuseram aos jornalistas para trabalhar.

Desde meados de março de 2011, as revoltas populares puseram em xeque o regime de Bashar al Assad, que acusa grupos armados e terroristas da responsabilidade pela violência.

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Segundo dados da Organização das Nações Unidas, durante este período de tempo na Síria pelo menos 8 mil pessoas morreram, enquanto mais de 200 mil se deslocaram a outras regiões dentro do país e 30 mil se refugiaram no exterior.

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