Em uma audiência na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), na tarde de hoje (1), em Nova York, dois jornalistas argentinos acusaram o governo de Cristina Kirchner de cercear a liberdade de imprensa no país.

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Joaquín Morales Solá, colunista do jornal "La Nación" e do canal a cabo TN, do Clarín, e Magdalena Ruiz Guiñazu, apresentadora da Rádio Continental, representaram um grupo que inclui outros 5 jornalistas do país.

Solá falou em "represálias que se são através da demonização do jornalismo independente". Segundo o jornalista, o Estado promove uma censura indireta utilizando-se de diversos meios para difamar os jornalistas que têm uma visão crítica ao governo.

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Já Magdalena contou um episódio ocorrido há três anos em que foi submetida a "um julgamento ético e popular" na frente da Casa Rosada, no qual foi acusada falsamente de ter sido chefe de imprensa do Ministério da Economia durante a ditadura.

Dois membros do governo argentino também participaram da audiência.A embaixadora argentina na OEA, Nilda Garré, classificou a exposição dos jornalistas como "a voz das corporações".Nesta semana, o governo ganhou na Justiça uma batalha de quatro anos contra o grupo de mídia Clarín, principal crítico à gestão de Cristina. A Corte Suprema declarou constitucional quatro artigos antimonopólio da Lei de Mídia que eram questionados pela empresa.

A OEA reconheceu neste ano que a Lei de Mídia "representa um importante avanço" na Argentina.

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