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Ativistas, familiares e amigos das vítimas do atentado a bomba que matou 85 pessoas em Buenos Aires há 20 anos cobram agilidade nas investigações do crime | Silvina Frydlewsky / EFE
Ativistas, familiares e amigos das vítimas do atentado a bomba que matou 85 pessoas em Buenos Aires há 20 anos cobram agilidade nas investigações do crime| Foto: Silvina Frydlewsky / EFE

Na principal homenagem às 85 pessoas assassinadas no atentado a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), há 20 anos, integrantes da comunidade judia do país criticaram um acordo entre os governos argentino e iraniano para compartilhar a investigação do caso, firmado em 2013.Nenhuma pessoa está presa pelo atentando, mas alguns acusados já passaram anos na cadeia.

O vice-presidente da Amia, Ralph Thomas Saieg, pediu para que os deputados anulem o acordo com o Irã. Ele afirmou que não irão permitir que a causa seja usada como bandeira eleitoral.

Não foram só judeus que formaram a plateia: o arcebispo de Buenos Aires, Mario Poli, também compareceu. O papa Francisco enviou um vídeo no qual afirmou que o terrorismo "é uma loucura", e que é preciso "encontrar o caminho da justiça" para encarar a dívida que essa tragédia fez.

Saieg também reclamou da falta de justiça, lembrando que não surgiu da investigação um novo imputado e pediu um novo juízo contra o argentino Carlos Telleldín, que já cumpriu dez anos preso por ter colocado os explosivos em uma caminhonete. Ele foi libertado porque houve irregularidades no processo no qual foi condenado.

Os parentes das vítimas também disseram considerar que o governo deveria reclamar mais em palcos internacionais, como faz nos casos das Ilhas Malvinas e, mais recentemente, com os fundos abutres.

Luis Czyzewski, pai de uma mulher de 21 anos morta no atentado, listou as instituições onde, ele acredita, o tema deveria ser abordado: ONU, Unasul, OEA, G20 e G77.

Outros dois eventos lembrando os 20 anos do atentando foram feitos em Buenos Aires.A presidente Cristina Kirchner não participou de nenhum dos atos. Ela se preparava para receber o presidente da China, Xi Jinping.

O ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman, ele mesmo um judeu, foi criticado pelo acordo com o Irã.

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