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A gigante britânica do petróleo, BP, ganhou aprovação de um juiz federal americano para um acordo de US$ 7,8 bilhões com pessoas e empresas que perderam dinheiro e propriedades no vazamento de petróleo da companhia no Golfo do México, em 2010. Embora o acordo, acertado na sexta-feira (21), atenda ao volume de demandas de particulares após o vazamento da plataforma Deepwater Horizon que resultou de sua explosão, ele não contempla as dezenas de bilhões de dólares estimados em multas e demandas do governo americano e dos governos das áreas costeiras afetadas.

Tampouco resolve processos legais apresentados por acionistas ou outros solicitantes de compensação devido a uma moratória de perfuração imposta após o pior desastre ambiental da história dos Estados Unidos. No incidente também morreram 11 trabalhadores. O juiz distrital americano Carl Barbier deu sua aprovação final ao acordo em uma decisão judicial de 125 páginas. Em maio, ele já tinha aprovado o acordo preliminarmente.

"Nenhuma das objeções, inseridas na súmula ou em outra parte, demonstrou que o acordo é nada mais que justo, razoável e adequado", escreveu Barbier. Ele disse que o acordo "oferece compensação que parece suficiente a membros de classe" para compensar suas perdas com o vazamento.

Tanto a BP quanto o promotor demandante saudaram a aprovação de um acordo que atenderá quase 100 mil demandas apresentadas por pescadores e outros afetados pela catástrofe. A BP informou que a decisão resolveu "a maioria substancial das demandas legítimas por perda econômica e dano de propriedade resultantes do acidente com a (plataforma)Deepwater Horizon". "Nós acreditamos que o acordo, que evita longos anos de litígio, é bom para as pessoas, os negócios e as comunidades do Golfo e aos melhores interesses dos acionistas da BP", acrescentou a companhia.

Os promotores Steve Herman e Jim Roy, que representaram os demandantes, também elogiaram o acordo, dizendo-se "extremamente satisfeitos". "Este acordo traz - e continuará a fazê-lo - a assistência que as pessoas e os negócios do Golfo merecem", escreveram em um comunicado.

A BP levou 87 dias para selar o poço situado a 1.500 metros de profundidade na costa da Louisiana, e que resultou em um vazamento de 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México.

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